Projeto da Ferrogrão vai para o TCU
jul, 13, 2020 Postado porSylvia SchandertSemana202028
No último dia 10 de julho, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) protocolou o projeto de concessão da Ferrogrão para análise do Tribunal de Contas da União. A nova ferrovia ligará Sinop, no norte do Mato Grosso a Itaituba, no Pará.
No último dia 07 de julho, o plano, acompanhado dos estudos técnicos e das minutas de edital e de contrato havia sido assinado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Agora, cabe ao TCU a análise da documentação para a publicação do edital de licitação a ser publicado ainda esse ano.
“Hoje, mais de 70% da safra matro-grossense é escoada pelos portos de Santos/SP e de Paranaguá/PR, a mais de dois mil quilômetros da origem. Esse cenário mostra a relevância do projeto dentro do sistema logístico de cargas do país, sendo um diferencial para a sua atratividade junto a potenciais investidores”, declarou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.
A Ferrogrão será uma das vias mais importantes do país e um dos ativos mais aguardados pelos investidores. Com 933 km de extensão, ela tem papel estruturante para o escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja do estado do Mato Grosso, prevendo-se ainda o transporte de óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados do petróleo. São esperados investimentos de R$ 8,4 bilhões no projeto de concessão.
Sua implementação irá consolidar o novo corredor ferroviário de exportação do Brasil pelo Arco Norte, ligando Sinop (MT) ao Porto de Itaituba (PA). Estão previstos, também, o ramal de Santarenzinho, entre Itaituba e Santarenzinho, no município de Rurópolis (PA), com 32 km, e o ramal de Itapacurá, com 11 km. O projeto faz frente à expansão da fronteira agrícola brasileira e à demanda por uma infraestrutura integrada de transportes de carga. O empreendimento aliviará as condições de tráfego na BR-163/PA, diminuindo o fluxo de caminhões pesados e os custos com a conservação e a manutenção.
De acordo com o ministro, “A estratégia ferroviária pretende reequilibrar a matriz de transportes e dobrar a participação do modo ferroviário em oito anos, a partir dos investimentos planejados e plantados. Vamos trazer inovações para o marco regulatório de maneira que facilite a chegada do investimento privado”, afirmou. Atualmente, o modo ferroviário corresponde a 15% da matriz de transporte brasileira. O objetivo é chegar a 30% nos próximos anos.
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