CSN alega alta de custos e prepara reajuste de 15%
maio, 19, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202122
Com a alta dos custos puxada pelos preços do minério de ferro e da sucata atingindo níveis históricos, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) vai reajustar novamente os preços em junho e julho. A terceira maior siderúrgica do país já aplicou aumento de 15% a 18% no dia 1º de maio. Agora, segundo informou uma fonte da companhia, o novo reajuste será de 15%, dividido em duas parcelas iguais nos meses de junho e julho.
A empresa produz aços laminados a quente e a frio, zincados, pré-pintados, folhas metálicas e vergalhões na usina em Volta Redonda (RJ) e em instalações em Porto Real (RJ) e Araucária (PR). Os argumentos para a nova alta continuam sendo o aumento das principais matérias-primas (minério de ferro, carvão e sucata), o câmbio elevado (dólar em torno de R$ 5,30) e o prêmio baixo (5%) em relação ao material importado colocado no país.
A bobina a quente na China é exportada a US$ 1.011 a tonelada. No início deste mês, a CSN aplicou 15% para vergalhões, 16% para laminado a quente, 16,5% para zincado, galvanizados e pré-pintados, 16,75% para folha metálica e 18% para laminado a frio, segundo informação da companhia.
Os preços do minério de ferro atingiram alta histórica na semana passada, superior a US$ 230 a tonelada no mercado à vista chinês. Na sexta-feira o preço recuou para próximo de US$ 200 a tonelada. No entanto, nesta semana, com as vendas aquecidas de aço no mercado chinês, a cotação da matéria-prima voltou a subir e fechou ontem no porto de Qingdao acima de US$ 224 a tonelada (minério com 62% de ferro). Já a sucata vem acumulando alta no ano, e em na semana passada chegou a US$ 558 a tonelada.
Os constantes reajustes nos preços do aço no Brasil fizeram com que os distribuidores de produtos siderúrgicos adotassem uma nova estratégia comercial. Segundo o presidente executivo do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, as empresas, para manterem as margens saudáveis, devem manter nível de estoque capaz de assegurar até 2,5 meses de vendas. Antes, a regra era de um volume para 3,2 a 3,5 meses de comercialização.
Fonte da matéria: Valor Econômico
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