Taxa de carbono nas principais economias coloca pressão no Brasil
jul, 18, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202128
As grandes potências econômicas aceleram planos para reduzir emissões de gases de efeito estufa, com uma clara mensagem a emergentes, como o Brasil, de que ou fazem o mesmo ou pagarão o preço com menos exportações. As políticas climáticas vão mais e mais ser usadas no comércio, para simultaneamente proteger a produção doméstica e pressionar parceiros a reduzir suas próprias emissões.
A União Europeia (UE) apresentou no último dia 14 de julho sua “revolução climática” para descarbonizar a economia, desde geração de eletricidade, produção de automóveis,aquecimento habitacional, transportes aéreo e marítimo, agricultura. Também foi a primeira a anunciar a criação de uma taxa de carbono na fronteira.
Nos EUA, senadores democratas propuseram taxar importações de produtos mais poluidores, para ajudar a pagar o novo pacote de gastos de US$ 3,5 trilhões do governo. O que os EUA fazem tem impacto global, mas os democratas não disseram como essa taxa será imposta. Um esboço do mecanismo já foi adotado na Califórnia para algumas importações de eletricidade. Canadá e Japão planejam um tipo similar de iniciativa.
Por sua vez, a China está lançando o maior mercado de carbono do mundo, onde serão negociados direitos de poluir, envolvendo inicialmente 2.225 empresas chinesas. A China é a maior nação comerciante do mundo (soma de exportações e importações) e seus produtos são os mais vulneráveis à taxa de poluição por parceiros.
Fonte: Valor Econômico
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