Déficit entre Rússia e Brasil chega marca recorde de US$ 4,1 bi
fev, 17, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202207
Importante fornecedora de adubos e fertilizantes para o Brasil, a Rússia mais que dobrou as suas exportações aos brasileiros no ano passado. As compras externas do Brasil de produtos russos subiram 107,4% em 2021 contra o ano anterior. As exportações brasileiras ao país de Vladimir Putin cresceram no ano passado, mas em taxa muito menor, de 4,2%. Como resultado, em 2021, o déficit entre a Rússia e o Brasil cresceu para níveis nunca antes vistos.
No ano passado, o saldo negativo brasileiro na balança bilateral se aprofundou de US$ 1,22 bilhão em 2020 para US$ 4,11 bilhões , o pior déficit entre a Rússia e o Brasil desde o início da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/ME), com início em 1997.
Adubos ou fertilizantes químicos são o principal item da pauta de importação brasileira de produtos russos, com fatia de 62% do valor desembarcado em 2021. O restante das compras brasileiras se dividiu em carvão, combustíveis (juntos, foram 16% do valor importado) e produtos semiacabados de ferro ou aço (6,5%).
Na exportação brasileira rumo à Rússia predominaram as commodities agrícolas e as proteínas. A soja liderou em 2021 a pauta de exportação, com fatia de 22%, seguida de carnes de aves (11%), café não torrado (8,4%), açúcar (8%) amendoins (8,2%) e carnes (7,3%).
Com exceção do ano de 2000, desde 1997 o comércio bilateral foi superavitário para o Brasil até 2017. De lá para cá a tendência foi de déficit, acentuada no ano passado. A perda de força das exportações brasileiras aos russos é a principal explicação para a virada nos resultados comerciais. Com liderança de proteínas e açúcar, o Brasil, há pouco mais de uma década, chegou a exportar mais de US$ 4 bilhões anuais aos russos.
Em 2011 foram US$ 4,2 bilhões. O auge dos embarques brasileiros aos russos foi em 2008, com US$ 4,6 bilhões, dos quais US$ 2,5 bilhões foram carnes, entre bovinos, suínos e aves, e US$ 1,2 bilhão, de açúcar. Naquele ano o superávit brasileiro com os russos foi de US$ 1,3 bilhão. O maior saldo positivo a favor do Brasil na série da Secex foi em 2006: US$ 2,5 bilhões.
Fonte: Valor Econômico
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