Em estudo um novo Porto às margens do São Gonçalo
fev, 25, 2022 Postado porGabriel MalheirosSemana202208
A Zona Sul pode abrigar, nos próximos anos, um novo porto, às margens do Canal São Gonçalo, em terreno localizado no município de Rio Grande, de frente para a área urbana de Pelotas. A iniciativa é do deputado federal Jerônimo Goergen (PP), que negocia com uma empresa paulista supostamente interessada no investimento e trabalha pelas liberações ambientais junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).
A área, de 137,5 hectares, está no entroncamento da ponto ferroviária e o canal São Gonçalo, a poucos quilômetros do Porto de Pelotas. O terreno foi comprado por um empresário do agronegócio da região.
De acordo com Georgen, a ideia é construir um terminal de exportação, com os navios saindo do São Gonçalo pela Lagoa dos Patos até o Oceano Atlântico. Paralelamente, estuda-se a possibilidade de um investimento de R$500 milhões para a dragagem de calagem mais funda para as embarcações de grande porte.
O deputado especula que esse investimento de dragagem pode partir também do setor privado – assim como do terminal – com pedagiamento da hidrovia, ou ser viabilizado pelo Poder Público.
Ponto de vista ambiental
A construção de um novo terminal em um terro alagado às margens do canal é possível desde que o projeto esteja de acordo coma s necessidades ambientais.
De acordo com o professor Celso Elias Corradi, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a legislação permite a construção de um Porto na área, desde que sejam feitas as chamadas “atividades de remediação”. A possível troca do modal rodoviário pelo hidroviário poderia, ainda, trazer impactos ambientais positivos devido à redução do fluxo de caminhões na estrada.
Discordância
O superintendente da Portos RS, responsável pela administração das unidades de Pelotas, Rio Grande e Porto Alegre, Fernando Estima posiciona-se contra o projeto. Segundo ele, já foram feitos estudos na área que excluem a possibilidade de um novo terminal. “Este canal não pode ser afunilado com duas barreiras de concreto, transbordaria em períodos de muita chuva, especialmente dentro de Pelotas”, afirmou.
Estima ainda ser contraproducente focar os esforços em um novo Porto, enquanto a hidrovia entre Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre ainda carece de melhoras estruturais, como a sinalização noturna. De acordo com ele, o calado de quatro metros da hidrovia do São Gonçalo permite apenas navios de pequeno porto, sendo mais interessante ao mercado levar diretamente a produção até o Porto de Rio Grande.
Integração binacional
Por outro lado, o professor de Economia da UFPel, Gabrielito Menezes, vê com melhores olhos a utilização do modal hidroviário. “Temos um gargalo no Brasil como um todo da matriz de transporte. O país depende muito do modal rodoviário, cujo custo é mais caro comparado ao hidroviário. Poderia ser uma saída para dinamizar a economia e fazer ligação com a Lagoa Mirim, ligando Brasil ao Uruguai”, conclui.
Fonte: Diario Popular
Para ler o artigo original completo, acesse:
https://www.diariopopular.com.br/politica/em-estudo-um-novo-porto-as-margens-do-sao-goncalo-168671/
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