
Lockdowns prejudicam o comércio da China e importações caem
abr, 14, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202215
As importações da China tiveram uma queda inesperada em março, enquanto o crescimento das exportações desacelerou, com os “lockdowns” contra a covid-19 interrompendo as operações dos portos e restringindo a atividade comercial e os gastos.
As importações caíram 0,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, em dólares. Foi a primeira queda desde agosto de 2020 e ficou bem abaixo das expectativas dos analistas, que era de um aumento de 8,4%. As exportações cresceram 14,7%, segundo dados divulgados no último dia 13. O número foi maior que o esperado, mas menor que o aumento nos dois primeiros meses do ano, de 16,3%. O superávit comercial foi de US$ 47,4 bilhões no mês.
Confira a seguir o histórico das exportações brasileiras de contêineres para a china e, logo, a relação mês-a-mês dos contêineres importados do país asiático desde janeiro de 2020 até fevereiro de 2022. Os dados são do DataLiner.
Exportação de contêineres para a China | Jan. 2020 – Fev. 2022 | TEU
Importação de contêineres vindos China | Jan. 2020 – Fev. 2022 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Os dados mostram o efeito que os lockdowns sobre o comércio. Os congestionamentos nos portos e os gargalos logísticos pioraram em março, afetando o tráfego marítimo. Várias empresas, como a Apple, a fornecedora Foxconn Technology Group e montadoras como a Tesla, suspenderam a produção durante o mês.
“O lado das importações foi mais fortemente atingida pelas rupturas na produção e na logística causadas pelos lockdowns”, disse Ken Cheung, estrategista de câmbio do Mizuho Bank para a Ásia, em nota a investidores. “A disparada dos preços das commodities a partir da guerra na Ucrânia poderá começar a diminuir também a demanda por importações.”
As importações de óleos vegetais, carne, minério de ferro e autopeças tiveram as maiores quedas no primeiro trimestre ante igual período do ano passado. As importações de medicamentos, têxteis e cosméticos também caíram nos primeiros três meses do ano, enquanto os valores das compras de petróleo e petróleo refinado, carvão e gás natural aumentaram.
O ambiente de comércio exterior está ficando cada vez mais difícil e complexo, disse ontem Li Kuiwen, porta-voz da administração alfandegária. Maiores esforços serão necessários para se alcançar a meta de estabilização do comércio, acrescentou.
Fonte: Valor Econômico
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