Alta das commodities faz exportação aos árabes crescer
maio, 06, 2022 Postado porGabriel MalheirosSemana202219
As exportações brasileiras para os 22 países da Liga Árabe fecharam o primeiro trimestre com alta de 33,58%, em US$ 3,86 bilhões, segundo relatório da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. O crescimento da exportação aos árabes foi motivado por investimentos árabes para a transição de suas economias para a era pós-petróleo e pela valorização recente das commodities, intensificada pela invasão da Rússia à Ucrânia, que restringiu a participação desses países no mercado internacional de grãos e fertilizantes, além de ter encarecido fluxos logísticos.
O aumento nas vendas brasileiras aos árabes, cuja pauta é liderada por commodities minerais e alimentares, também é reflexo do movimento desses países ainda dependentes de alimentos importados para reforçar os próprios estoques e assegurar a oferta de alimento nos próximos meses, segundo avalia o presidente da Câmara Árabe, Osmar Chohfi.
Tirando o minério de ferro, que liderou a pauta de exportação nos três primeiros meses do ano (US$ 690,29 milhões, -12,5%), os demais produtos da lista são do agronegócio, principalmente, carne de frango (US$ 591,09 mi, +10,66%), açúcar (US$ 588,8 mi, +19,79%), derivados de soja (US$ 318,02 mi, +122,84%), trigo (US$ 285,86 mi, +438,06%), milho (US$ 269,6 mi, +27,21%) e carne bovina congelada (US$ 267,57, milhões, +165,73%). “Esse movimento de reforço de estoques não se restringe aos árabes, dado que as exportações brasileiras para o mundo cresceram 26,8% no período, somando US$ 72,3 bilhões”, pontua o dirigente.
Veja abaixo quais foram os cinco produtos mais exportados do Brasil para os Emirados Árabes, um dos principais parceiros comerciais do país na região, no primeiro trimestre de 2022. Os dados são do DataLiner da Datamar.
Top 5 produtos mais exportados para os EAU | 1T22 | WTMT
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Ainda de acordo com o relatório da entidade, o apetite dos árabes segue em alta pela retomada econômica local, beneficiada pela vacinação precoce contra a covid-19, e também pelo anúncio de novos investimentos governamentais para diminuir a dependência econômica do petróleo. Entre eles, a entidade destacou o recém-anunciado aporte de US$ 152 bilhões do Fundo de Desenvolvimento Nacional da Arábia Saudita para triplicar até 2030 a atual participação dos setores não-petrolíferos no Produto Interno Bruto (PIB) saudita.
O petróleo
A alta do petróleo no período também beneficiou países árabes exportadores de combustível fóssil, que em março atingiu seu maior patamar desde 2008: US$ 130 o barril do tipo brent. Outro fator é a retomada do turismo de stop-over nos Emirados Árabes, o religioso na Arábia Saudita e o histórico na Jordânia. Só no país do Levante, a receita com atividade cresceu 196,5% nos dois primeiros meses do ano. O setor deve seguir em alta com a perspectiva da Copa do Mundo do Catar, a partir de novembro, que deve levar milhares de pessoas a diferentes países do Golfo, diz a entidade.
Apesar dos bons resultados e perspectivas, a Câmara Árabe manifestou no documento preocupação com um possível impacto na safra 2022/23 decorrente da menor oferta de fertilizantes da Rússia e Belarus, hoje sob sanção. A entidade vem promovendo esforços para estimular a aquisição desses produtos de países árabes para compensar ao menos em parte a menor oferta do produto russo e bielorusso, que vem surtindo resultados. No acumulado de janeiro a março, os árabes ampliaram a venda de fertilizantes ao Brasil em 44,5%, para US$ 773,52 milhões.
A entidade também vê como ponto de atenção a seca no Rio Grande do Sul que deve provocar algum prejuízo na safrinha (colheita de inverno), com potencial de se estender para o cultivo seguinte.
Fonte: Anba
Para ler o artigo original completo, acesse:
https://anba.com.br/alta-das-commodities-faz-exportacao-aos-arabes-crescer/
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