Economia

Comércio Brasil-EUA terá em 2022 recorde histórico do intercâmbio e maior déficit brasileiro da série iniciada em 1997

out, 17, 2022 Postado porSylvia Schandert

Semana202242

A corrente de comércio (exportação+importação) entre o Brasil e os Estados Unidos vai ultrapassar este ano pela primeira vez na série histórica iniciada em 1997 a cifra de US$ 80 bilhões. O ano de 2022 marcará também o maior déficit em desfavor do Brasil nas relações comerciais com os Estados Unidos.

De janeiro a setembro, o fluxo de comércio entre os dois países gerou para os americanos um superávit de US$ 11,477 bilhões, bem superior aos US$ 8,240 bilhões registrados em todo o ano passado. Os dados constam do Monitor do Comércio Brasil-Estados Unidos, divulgado na semana passada pela Amcham Brasil.

De acordo com o documento, os primeiros nove meses de 2022 registraram US$ 67,3 bilhões em trocas de bens entre Brasil e EUA, valor recorde par o período e aumento de 36%, ou US$ 17,6 bilhões, em relação ao mesmo período de 2021.

Este ano, as importações de produtos americanos seguem crescendo em ritmo forte e superior ao das exportações (44,1% contra 26%). Em valores absolutos, as compras brasileiras dos EUA alcançaram a cifra recorde de US$ 39,4 bilhões mas, embora ainda esteja num nível muito elevado, o crescimento tem se reduzido ligeiramente na comparação com os dados registrados no primeiro semestre deste ano.

Veja abaixo o histórico das exportações brasileiras para os EUA em comparação com as importações vindas de seu parceiro comercial ao norte entre janeiro de 2019 e agosto de 2022. Os dados são do DataLiner

Comércio Brasil-EUA |  janeiro de 2019 – agosto de 2022 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

O Monitor da Amcham Brasil ressalta que a forte alta de 73% nas importações se deve ao aumento expressivo nas importações de quatro produtos do setor energético: óleos combustíveis, gás natural, petróleo bruto e carvão mineral. As importações desses produtos totalizaram US$ 16,7% e representaram 42,6% do total importado pelo Brasil junto aos Estados Unidos. Altas igualmente relevantes foram registradas em relação aos produtos ligados ao agronegócio, como fertilizantes, inseticidas, fungicidas e herbicidas.

O desequilíbrio na balança comercial se deve não apenas à forte alta nas vendas americanas mas também ao crescimento num ritmo bem menos acentuado das exportações brasileiras para o mercado americano. De janeiro a setembro, elas somaram US$ 27,9 bilhões, incremento de 26% ante um aumento de 42,6% nas exportações dos EUA no período.

Apesar desse desequilíbrio, o Monitor da Amcham Brasil acentua que embora a alta das exportações brasileiras se dê em rimo menos intenso que o das importações, ele ocorre de forma mais disseminada, com destaque para petróleo bruto, ferro gusa, café, madeira e equipamentos de engenharia.

A evolução do comércio que o brasileiro-americano mostra que o valor da corrente bilateral de comércio nos nove primeiros meses de 2022 (US$ 67,3 bilhões) representa 95,4% do total de 2021, devendo terminar o ano muito acima dos US$ 70,5 bilhões alcançados em todo o ano passado.

E enquanto as exportações correspondem a 89,6% do valor total de 2021 (US$ 27,9% contra US$ 32,1 bilhões), as importações no acumulado do ano já igualaram o total contabilizado em todo o ano de 2021, com US$ 39,4 bilhões.

Nesse contexto, o incremento mais acelerado das importações tem aprofundado o saldo desfavorável para o Brasil, que nos primeiros nove meses de 2021 foi de US$ 11,447 bilhões, ante um déficit de US$ 8,240 bilhões registrado em todo o ano passado.

Fonte: Comex do Brasil

Para ler o artigo original completo, acesse: https://www.comexdobrasil.com/comercio-brasil-eua-tera-em-2022-recorde-historico-do-intercambio-e-maior-deficit-brasileiro-da-serie-iniciada-em-1997/

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