Exportações de máquinas mantêm expansão em 2023

As exportações que fecharam 2022 como a melhor notícia do setor de máquinas e equipamentos no ano estão mantendo o mesmo ritmo de desempenho no começo de 2023. As vendas externas no primeiro bimestre somaram US$ 2,1 bilhões, 32% de crescimento na comparação com o mesmo período de 2022. Em fevereiro o setor exportou US$ 1,1 bilhão, alta de 24,5% em relação a fevereiro do ano passado e de 7,6% sobre janeiro.

Segundo dados divulgado na segunda-feira (27) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), as vendas externas não cresceram apenas em receita, mas também em volume. A entidade destaca que em 2022 oito meses apresentaram exportações acima de US$ 1 bilhão.“Resultados nesta mesma magnitude só haviam sido observados anteriormente em 2012”, informou em nota.

O segmento que mais cresceu nos embarques foi o de máquinas para logística e construção civil, com expansão de 39,2%. Outro destaque foi o de componentes para indústria de bens de capital, alta de 24,2%. O único segmento que ficou estagnado foi de máquinas para bens de consumo, pequena queda de 0,9%.

Houve também crescimento de embarques para todos as regiões. O destaque ficou com as exportações para a América do Norte, que subiram 48,3% no primeiro bimestre. Seguido da América do Sul, com expansão de 22,3%.

Já as importações de máquinas e equipamentos fecharam o primeiro bimestre em US$ 4 bilhões, expansão de 5,3% em relação ao mesmo período o ano passado. Em fevereiro foram importados US$ 1,8 bilhão, queda de 4,2% na comparação anual e de 11,9% em relação a janeiro.

Com isso, o saldo comercial do setor nos dois primeiros meses do ano fica negativo em US$ 1,9 bilhão, redução de 13,9% na comparação anual. Só em fevereiro o déficit ficou em US$ 787,76 milhões. Houve queda tanto na comparação anual (27,4%) como em relação a janeiro (29,5%).

No geral, os fabricantes acumulam nos dois primeiros meses do ano queda de 7,1% na receita líquida total, com R$ 42,1 bilhões no período. Em fevereiro a receita total foi de R$ 21,7 bilhões, redução de 7,8% sobre o mesmo mês de 2022 e alta de 7% sobre janeiro.

No acumulado do ano, a receita líquida interna soma R$ 31,2 bilhões, 13,2% a menos do que nos dois primeiros meses do ano passado. Em fevereiro, o indicador ficou em R$ 16,1 bilhões, queda de 13,5% na comparação com o mesmo mês de 2022 e alta de 7,1% em relação a janeiro.

O consumo aparente de máquinas e equipamentos (soma dos produtos feitos no Brasil e destinados ao mercado interno com as importações) fechou o primeiro bimestre em R$ 52,7 bilhões, redução de 12,7% na comparação anual. Em fevereiro o consumo aparente atingiu R$ 27,1 bilhões, desempenho 11,6% menor do que no mesmo mês do ano passado e alta de 5,9% sobre janeiro.

“Para o restante do ano, a expectativa é de relativa melhora nas vendas de máquinas para setores menos dependentes de crédito, como é o caso dos setores produtores de bens de consumo não duráveis, mas também dos relacionados a obras de infraestrutura”, informou a entidade em nota.

Fonte: Valor Econômico

Para ler o material original, acesse: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/03/28/exportacoes-de-maquinas-mantem-expansao-em-2023.ghtml

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