Troca comercial entre Brasil e Argentina cresce em abril
maio, 05, 2023 Postado porGabriel MalheirosSemana202321
Segundo dados do último relatório de comércio bilateral elaborado pela Câmara Argentina de Comércio e Serviços (CAC), o comércio bilateral entre Argentina e Brasil foi de US$ 2.554 milhões no quarto mês do ano, 11,1% superior ao valor obtido no mesmo período de 2022. Da mesma forma, o câmbio recuou 7,5% em relação a março passado, devido à queda das exportações em 24,9%, compensada pelo aumento das importações em 5,5%.
As vendas argentinas para o Brasil caíram 13,6% em abril de 2023 em relação a abril de 2022 (fim da trajetória de alta dos três meses anteriores) somando US$ 889 milhões, enquanto as importações desse ficaram em US$ 1.665 milhões e apresentaram aumento interanual de 31%. Assim, a balança comercial da Argentina apresentou déficit de US$ 776 milhões.
O comércio entre os dois países acumula no primeiro trimestre do ano um saldo negativo para a Argentina de US$ 1,775 milhão. Vale destacar que as exportações cresceram 7% no primeiro quadrimestre de 2023 em relação ao quadrimestre de 2022, enquanto as importações do Brasil aumentaram 26,2% no mesmo período.
Comércio de contêineres entre Brasil x Argentina | jan 2020 – fev 2023 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
É importante destacar que o Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina, relação que historicamente apresentou saldos deficitários porque as importações vindas do maior país da América do Sul costumam ser estratégicas para o tecido produtivo argentino.
A queda ano-a-ano das exportações da Argentina para o Brasil registrada em abril (13,6%) correspondeu principalmente à queda nas vendas de automóveis de passageiros e trigo e centeio em bruto, enquanto o aumento ano-a-ano das importações argentinas (31%) foi explicada principalmente por soja, tubos, perfis ocos e acessórios para tubos, ferro ou aço, automóveis de passageiros, peças e acessórios para veículos automotores e minério de ferro e seus concentrados.
A Argentina ficou em quarto lugar entre os maiores fornecedores do Brasil, atrás da China e Hong Kong e Macau (US$ 3,879 milhões), Estados Unidos (US$ 3,256 milhões) e Alemanha (US$ 947 milhões). Por sua vez, entre os principais compradores do Brasil, a Argentina ficou em terceiro lugar.
As exportações do Brasil para o mundo caíram 5,5% em abril de 2023 em relação ao mesmo mês de 2022, passando de US$ 28,970 milhões para US$ 27,365 milhões. Por sua vez, as importações totais caíram 7,7% em relação às registradas um ano atrás (US$ 20,743 milhões em 2022 contra US$ 19,140 milhões neste ano). Assim, o resultado comercial brasileiro ficou superavitário —pelo décimo quinto mês consecutivo— em US$ 8,224 milhões, situação semelhante à observada em abril de 2022: naquele mês o saldo havia sido positivo em US$ 8,227 milhões.
As expectativas de mercado reveladas em abril pelo Banco Central do Brasil apontavam para um leve aumento em relação ao mês anterior em termos de crescimento estimado para 2023 (1% contra 0,90%). A expectativa sobre o aumento anual de preços também aumentou para 6,05%, ante 5,96% no mês anterior. Da mesma forma, espera-se que o nível da taxa de juros Selic seja de 12,5%, inferior ao valor atual de 13,75%.
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