Brasil e Estados Unidos: disputa acirrada pela liderança na exportação de milho

Figurando no topo da produção agrícola mundial, Brasil e Estados Unidos se destacaram na liderança dos rankings de exportação de milho.

No entanto, uma reviravolta no cenário está prestes a acontecer. Pela primeira vez, como duas nações estarão praticamente empatadas no volume de milho disponibilizado para o comércio exterior em 2024, com pouco mais de 100 milhões de toneladas cada.

Até então, a liderança na exportação de milho era mantida pelos Estados Unidos. Contudo, o Brasil tem experimentado um crescimento impressionante no plantio do grão, impulsionando a disponibilidade para exportação, ao mesmo tempo em que ocorre uma queda na produção norte-americana.

No ciclo encerrado em 2022, o Brasil inveja ao mercado externo cerca de 32 milhões de toneladas de milho. Para a safra de 2023, a expectativa é que esse número tenha atingido a marca histórica de 54 milhões de toneladas, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Enquanto isso, os agricultores norte-americanos projetam exportar 45 milhões de toneladas de milho neste ano, o que representa uma queda de 22% em relação aos 63 milhões de toneladas embarcadas na safra anterior.

O Brasil tem se consolidado como um importante player no mercado internacional de milho, e a expansão dos milharais está diretamente relacionada ao cultivo de soja, a cultura carro-chefe do agronegócio brasileiro. Em muitos casos, as lavouras de milho e soja são alternadas na mesma área e no mesmo ano, o que contribui para a maximização da produção e o aumento da competitividade do país no setor.