Hubs de gás natural e H2V são oportunidades para a Petrobras no Pecém

O Ceará, lar do porto do Pecém e estado brasileiro com maior número de projetos de hidrogênio verde (H2V) do País e onde se constrói hubs para o H2V e também o gás natural, é um alvo prioritário dos investimentos da Petrobras, segundo indicou Douglas Uchoa, diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo (Sindipetro).

A relação se mostra viável e pertinente para a empresa e o Estado, de acordo com ele, pelos equipamentos já instalados em municípios cearenses e, especialmente, pela intenção declarada do presidente Jean Paul Prates de ter a Petrobras ativamente na transição energética do Brasil.

“Os ativos do Pecém e a Usina Termoelétrica Termoceará da Petrobras possuem pontos fortes e estratégicos para os planos da companhia rumo à Transição Energética justa e segura. Para isso, é fundamental que a empresa participe dos leilões de energia já em 2023 e intensifique os estudos para expansão e modernização dos ativos com foco na maior eficiência energética e descarbonização das operações”, acrescenta.

A Termoceará é localizada ao lado da Zona de Processamento de Exportação do Ceará e conta com potência de 220 megawatts – o suficiente para abastecer cerca de 1 milhão de casas.

Hoje, a Petrobras conta com um terminal flutuante de regaseificação no píer 2 do Porto do Pecém, com capacidade de 14 milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito por dia, um gasoduto de integração de 20 Km de extensão que conecta essa unidade à malha de transporte e distribuição de gás para as indústrias e residências da região do Complexo do Pecém.

Sugestões

Uchoa sugere duas possibilidades de atuação da Petrobras diante do cenário. A primeira é participar de leilões de fornecimento de energia elétrica voltados para as térmicas a gás e que já contam com cronograma estabelecido pelo Ministério de Minas e Energia. A segunda é iniciar estudos para a transição energética dessas plantas já de olho no hidrogênio verde.

“Ações nesse sentido garantirão a sustentabilidade da Petrobras na Região, contribuindo para a consolidação de uma empresa rentável e integrada de energia e protagonista em um setor fundamental para a transição a uma economia de baixo carbono. Além de promover prosperidade e desenvolvimento econômico e tecnológico para o estado do Ceará e do Rio Grande do Norte”, finaliza.

O terminal flutuante da Petrobras no Pecém deve ter o contrato vencido até o fim do ano com o Porto, que já planeja destinar a área para outros fins