Grãos

Aprovação da China para o sorgo brasileiro pode servir como um teste para as relações com os EUA

nov, 21, 2024 Postado porSylvia Schandert

Semana202444

Na quarta-feira, a China deu sinal verde para o Brasil começar a exportar sorgo para compradores chineses, uma medida um tanto peculiar, já que o Brasil mal exporta o grão.

No entanto, os Estados Unidos têm uma presença dominante no mercado chinês de sorgo, o que torna esse desenvolvimento relevante para avaliar as relações comerciais entre os EUA e a China no futuro, especialmente a partir de janeiro, quando o presidente eleito Donald Trump começará seu segundo mandato.

Exportadores agrícolas dos EUA perderam negócios chineses para o Brasil nos últimos anos, e muitos analistas temem que isso continue caso Trump aumente as tarifas comerciais sobre a China.

A produção global de sorgo, um grão utilizado tanto para ração animal quanto para a produção de bebidas alcoólicas, é pequena em comparação com a de milho ou trigo, embora possa competir localmente com esses grãos. Para os exportadores dos EUA, o comércio de sorgo com a China gerou mais de US$ 1 bilhão no ano passado.

Em outras palavras, os Estados Unidos estão efetivamente produzindo sorgo para a China. Então, qual é o papel do Brasil?

A produção de sorgo do Brasil mais do que dobrou nos últimos anos, graças ao aumento das áreas plantadas, mas a colheita ainda é cerca de 40% menor do que a dos Estados Unidos. Além disso, as exportações do grão são atualmente insignificantes.

No Brasil, o sorgo compete por área com a segunda safra de milho, que é amplamente exportada, de modo que uma relação Brasil-China no sorgo poderia ajudar a manter os Estados Unidos como o maior exportador de milho. O estado de Goiás, no Centro-Oeste, é responsável por cerca de 40% do sorgo brasileiro.

Fonte: Reuters

Clique aqui para ler o texto original: https://www.reuters.com/markets/commodities/chinas-nod-brazilian-sorghum-may-serve-test-us-relations-2024-11-21/

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