Grãos

Exportação de Milho Perde Fôlego no Brasil

jan, 06, 2025 Postado porDenise Vilera

Semana202502

O mercado de exportação de milho no Brasil segue enfraquecido, pressionado pela maior competitividade do mercado interno, que oferece preços mais vantajosos aos produtores. Segundo a TF Agroeconômica, a falta de interesse dos vendedores em negociar para exportação reduziu as cotações de prêmios, que atualmente se limitam a ofertas para compradores no mês de janeiro, sem informações para os demais períodos da safrinha.

No Porto de Paranaguá, os prêmios para janeiro mostram compradores dispostos a pagar 100 cents por bushel com base no contrato H5, mas ainda sem a presença de vendedores. Para os meses seguintes, como fevereiro, março e maio, não há registro de negociações, e para julho e agosto, tanto as cotações de compra quanto de venda estão indisponíveis, evidenciando a baixa movimentação no mercado de exportação.

Aqui estão os dez principais portos brasileiros que mais exportaram milho em termos de volume. Os dados vêm do DataLiner – um produto de inteligência comercial da Datamar.

Exportação de Milho por Portos | Brasil | 2024 | WTMT

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

No cenário internacional, o mercado chinês também demonstra fraqueza. As cotações do milho recuaram 4 CNY/t para janeiro e março. O amido de milho registrou desempenho misto, com alta de 18 CNY/t para janeiro e queda de 29 CNY/t para março. No setor de proteína animal, os preços futuros de ovos e suínos sofreram quedas significativas para os mesmos períodos, refletindo o contexto adverso do mercado.

Por outro lado, na Argentina, o mercado se mostra mais aquecido. O preço do milho para entrega imediata subiu 3.000 pesos argentinos, alcançando 190.000 pesos/t. Para entregas futuras em janeiro e fevereiro, os valores permaneceram estáveis, enquanto os embarques entre março e julho oscilaram entre US$ 165 e US$ 175 por tonelada. No mercado MATBA, o milho para abril apresentou leve recuo, sendo cotado a US$ 178/t, enquanto em Chicago o preço fechou em US$ 177,46/t.

O contraste entre Brasil e Argentina reflete estratégias distintas de comercialização, com os produtores brasileiros priorizando o mercado interno diante da baixa atratividade das exportações, enquanto o mercado argentino mantém maior dinamismo nas negociações externas.

Fonte: Agro Link

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