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Governo Federal tem plano para descentralizar escoamento de grãos no Brasil
fev, 07, 2025 Postado porSylvia SchandertSemana202506
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou, durante o anúncio do Plano de Escoamento da Safra 2024/2025, nesta quarta-feira (5), em Brasília, que o Governo Federal quer descentralizar o escoamento de grãos nos portos brasileiros, incluindo o de Santos. O plano foi anunciado em conjunto com os ministros Renan Filho (Transportes) e Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária).
A safra 2024/2025 é estimada em 322,3 milhões de toneladas de grãos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), um aumento recorde de 8,2% em relação à anterior, de 297,8 milhões de toneladas.
Segundo a Conab, a soja puxará o crescimento com uma produção esperada de 18,6 milhões de toneladas, 12,6% maior do que a da safra 2023/2024, seguida do milho, com 3,9 milhões de toneladas (3,3%).
De acordo com os dados apresentados por Costa Filho, o complexo portuário santista movimentou 43,6 milhões de toneladas de grãos e fertilizantes, entre janeiro e novembro de 2024, o que representa 20,3% do total do Brasil. O Arco Norte operou 55,53 milhões de toneladas no período e os portos de Paranaguá (PR), São Francisco (SC) e Rio Grande (RS) juntos somaram 43,3 milhões de toneladas (20,08%).
Logística
Em relação ao Porto de Santos, Costa Filho afirmou que o maior ativo portuário do País já chegou a ter quase 60% do escoamento da produção de grãos no Brasil.“Então, na medida em que o Arco Norte e outras regiões brasileiras se fortalecem, vamos tendo a descentralização do escoamento da produção, que é uma prioridade nossa. Esse grande plano logístico vai gerando desenvolvimento de maneira regional”, declarou.
Sobre o comentário do ministro, o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, disse que vê com satisfação a expansão dos demais portos brasileiros. “Quando o Porto de Santos vai bem, o Brasil vai bem. E quando os outros portos vão bem, Santos vai muito bem. Todos atuamos para melhorar a logística e o desenvolvimento econômico e social do País. É nossa corrente comercial cada vez maior e melhor”.
Pomini reiterou que o sistema portuário é nacional e toda a infraestrutura do País deve ser usada para escoar os produtos. “Isso não quer dizer que o Porto de Santos vai perder carga, ao contrário, continuará com o gráfico crescente de movimentação, principalmente do agro. E, tendo em vista a safra recorde prevista para este ano, há necessidade da utilização de outras infraestruturas portuárias do País”.
Melhorias nos corredores
O ministro dos Transportes, Renan Filho, ressaltou os investimentos previstos em obras e em corredores rodoviários e ferroviários por onde a safra é escoada. As perspectivas para este ano incluem a ampliação dos investimentos no Arco Norte, de R$ 2 bilhões para R$ 2,6 bilhões, e no Arco Sul/Sudeste, de R$ 1,6 bilhão para R$1,9 bilhão, com a meta de atingir 90% de melhorias na malha rodoviária das duas regiões.
Para o Corredor Sul/Sudeste, o plano engloba melhoria da malha rodoviária,concessão de cinco trechos rodoviários, conclusão de obras estruturantes e recuperação de rodovias do Rio Grande do Sul.
As principais obras são no Trevão de Monte Alegre, na BR-153/365, em Minas Gerais; duplicação do trecho Toledo-Marechal Rondon, na BR-163, no Paraná; travessia Urbana de Cristalina, na BR-050, em Goiás; duplicação em Navegantes, na BR-470, em Santa Catarina e duplicação em Cristal, na BR-116, no Rio Grande do Sul.
Renan Filho destacou que espera intensificar as obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) para iniciar as operações ainda neste ano, levando milho e soja para o Porto de Santos, “aumentando, nesse primeiro momento, a concentração só um pouquinho por lá”.
Fonte: A Tribuna
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