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Vendas de veículos sobem 6% em janeiro, ante mesmo mês de 2024, para 171,2 mil unidades
fev, 11, 2025 Postado porGabriel MalheirosSemana202507
Pelo terceiro ano consecutivo, a indústria automobilística registrou aumento de vendas no mercado interno, em janeiro, o que conduz o mercado brasileiro aos níveis anteriores à pandemia. O resultado de vendas no mês passado – 171,2 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus – representou crescimento de 6% na comparação com janeiro de 2024.
Mercado interno e aumento de exportações, impulsionadas pela demanda na Argentina, provocaram, consequentemente, aumento do ritmo das linhas de montagem. O volume de veículos produzidos em janeiro – 175,5 mil unidades – representou uma alta de 15,1%, o que destacou o mês como o melhor janeiro desde 2021.
A exportação mantém crescimento há seis meses. O volume de veículos embarcados em janeiro cresceu 52,3%, num total de 28,7 mil unidades. A receita obtida no mercado externo somou a US$ 807,7 milhões, alta de 30,2% na comparação com janeiro de 2024. As vendas para Argentina aumentaram 103% na comparação anual.
O ritmo mais acelerado resultou na necessidade de abertura de postos de trabalho. Com 108,1 mil funcionários, o emprego nas montadoras em janeiro cresceu 8,3 % em 12 meses.
As medidas anunciadas pelo novo governo dos Estados Unidos provocaram apreensão entre as lideranças do setor automotivo. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, os anúncios do presidente Donald Trump “trazem um momento de imprevisibilidade”.
“Mesmo que algumas medidas tenham sofrido suspensão temporária, estamos vivendo um momento de insegurança”, disse o presidente da Anfavea, durante apresentação dos resultados do setor em janeiro. Segundo ele, a ideia de Trump de taxar importações do México em 25% poderá “gerar capacidade ociosa” na indústria automobilística mexicana.
O dirigente também se queixou da tendência de alta da Selic, ao levar em conta que as vendas financiadas haviam se recuperado em 2024. “Taxa de juros de mais de 14% é um risco”, disse.
Segundo Leite, em 2025, o grande desafio do setor automotivo será manter o ritmo de crescimento a despeito do aumento dos juros internamente aliado aos fatores externos, como desaceleração econômica mundial e conflitos. “É hora de ter calma”, disse.
Por Marli Olmos
Fonte: Valor Econômico
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