
Logística ainda é maior entrave para exportação de frutas brasileiras
abr, 03, 2025 Postado porDenise VileraSemana202514
O Brasil é o terceiro produtor mundial de frutas, mas ainda ocupa a 24ª posição em exportações, que oscilam entre 2 e 2,5% da produção e movimentam cerca de US$ 1,3 bilhão anualmente, com uma produção de cerca de 1 milhão de toneladas. No entanto, a logística ainda é o principal fator que trava o crescimento das frutas brasileiras no mercado externo.
“O Brasil começa a pagar o preço agora pela precariedade da sua infraestrutura logística”, defende o gerente técnico da Associação Brasileira de Frutas (Abrafrutas), Jorge de Souza. “É fato que nós precisamos de melhores estradas, melhores portos. Precisamos de mais linhas marítimas, principalmente para atingir mercados mais distantes como o mercado asiático, que é o que mais cresce no mundo”, pontua.
Ele explica que as frutas in natura, diferentemente de outros produtos como as carnes, por exemplo, precisam ser transportadas de forma refrigerada, mas não congeladas, ainda em temperaturas superiores a zero grau.
A assessora técnica de frutas e legumes da Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA), Letícia Fonseca, pontua que, para muitos países, o Brasil não tem eficiência logística para enviar as frutas. Isso se deve aos prazos incompatíveis com os produtos perecíveis, refrigeração, e necessidades de transporte aéreo ou marítimo, dificultando o acesso dos produtores aos mercados externos.
“Por isso, é tão importante a formação de cooperativas e associações que consigam congregar essa produção”, avalia a assessora. Ela explica que a criação destas frentes de exportação permitem gerenciar o frete de retorno e a diversificação dos produtos enviados.
“Sempre que se depende do transporte marítimo, podemos ter problemas. Desde uma sobrecarga dos portos, a questões climáticas, que podem atrasar as entregas e comprometer a qualidade das frutas”, pontua. Em sua avaliação, há uma necessidade de agilidade tanto no transporte quanto no manuseio nos portos e na redistribuição. No Brasil, sua experiência é de que quando se sai dos grandes núcleos urbanos, o transporte rodoviário é ineficiente e demorado, um risco para as frutas.
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