Canadá quer fatia da cota de trigo brasileira
out, 15, 2019 Postado porSylvia SchandertSemana2018943
Em novembro, o Brasil pretende abrir uma cota de 750 mil toneladas de trigo sem tarifa de importação para países de fora do Mercosul e o Canadá quer uma fatia dessa cota. Por isso, se prepara para questionar os detalhes sobre a distribuição dessa cota no Comitê de Agricultura da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Em março, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a decisão de estabelecer essa cota. O volume que superar o limite estabelecido será taxado em 10%.
Os Estados Unidos é o principal interessado em aproveitar a cota, mas a Rússia é outro grande produtor interessado no mercado brasileiro.
Argentina, Paraguai e Uruguai, que já podem exportar com tarifa zero para o Brasil, não serão beneficiados.
O gráfico a seguir, feito com dados do DataLiner, da Datamar, mostra as origens das importações de trigo do Brasil:
Fonte: DataLiner/Datamar
A princípio, a distribuição do volume será na base do “primeiro que chega é o primeiro que se serve”. Os produtores americanos querem conquistar pelo menos 70% do volume total de 750 mil toneladas. Canadenses e russos também entrarão na briga, e a fatia de cada um nesse comércio dependerá dos preços pelos quais vão querer exportar.
A cota é um antigo compromisso brasileiro e os EUA tinham dado prazo até novembro para que o país a implementasse. Ficou acertado que o Brasil faria isso após as eleições presidenciais da Argentina, para não causar dificuldades à candidatura de Maurício Macri.
Em contrapartida, os Estados Unidos vêm sinalizando que, uma vez implementada a cota do trigo, poderão tirar o embargo sobre a carne bovina in natura brasileira, que já dura dois anos.
Fonte: Valor
-
Outras Cargas
set, 04, 2019
0
Brasil deve introduzir cota de importação de trigo sem tarifas a partir de 2020
-
Grãos
jun, 24, 2019
0
Argentina: Chuva eleva estimativa de plantio de trigo
-
Grãos
jul, 23, 2019
0
Argentina aumenta exportações de trigo para o sudeste da Ásia
-
Grãos
abr, 17, 2019
0
Uruguai espera uma produção alta de trigo em cinco anos