
Até março, escalas de navios no país ainda não foram afetadas pela Covid-19, mas a projeção é de diminuição já para abril
abr, 09, 2020 Postado porSylvia SchandertSemana202016
A pandemia causada pelo coronavírus já está impactando o comércio mundial? De que maneira? Para responder a estas perguntas, a Datamar realizou um estudo sobre as escalas de navios nos portos brasileiros.
No comparativo mês a mês com 2019, é possível ver que o número de atracações de navios contêineres até agora segue estável, mas de acordo com os armadores, a tendência é de queda, já que estão sendo esperados alguns blank sailings.
Fonte: Datamar
A The Alliance, formada pelos armadores Hapag-Lloyd, HMM, Ocean Network Express e Yang Ming, por exemplo, já anunciou que vai modificar seu itinerário de navegação em abril, com várias viagens canceladas em todo o mundo.
Segundo o LATD (Departamento de Comércio da América Latina)/ Xangai da Cosco, afetada pelo vírus a empresa está prevendo um volume descendente em todo o mercado e diminuirá sua capacidade realizando mais blank sailings para estabilizar o mercado. “Planejamos fazer três blank sailings até abril e maio em nossa linha ESA2”, afirma a empresa.
Além disso, como estão movimentando menos TEUs, alguns armadores estão considerando diminuir o número de escalas, descarregando toda a carga do país em um único porto e de lá enviando aos outros portos por transbordo.
Segundo os armadores, está ocorrendo uma queda nas importações de manufaturados da China, ocasionada por diversos fatores, como a alta do dólar, a falta de produção chinesa, já que as fábricas lá ficaram um bom tempo sem operar para tentar conter o avanço do coronavírus e a queda de consumo no Brasil, também ocasionada pelo coronavírus.
A falta de importações – ou seja, da “pernada dominante”, leva os armadores a aguardar mais uma semana até que os navios que saem da China com destino ao Brasil fiquem totalmente abastecidos, diminuindo seus custos fixos, e resultando em blank sailings.
Por outro lado, segundo os armadores, as exportações, principalmente para a China, seguem em alta, já que o país asiático busca seu reabastecimento, prejudicado pela pandemia do coronavírus, tanto de matérias primas como alimentos e carnes. Já nos serviços para as Américas ainda não foi detectada muita mudança.
Vale destacar que nesta quarta-feira, 8 de abril, a Organização Mundial do Comércio (OMC) divulgou que, devido à pandemia causada pelo coronavírus, estima que as exportações e importações podem ter uma contração entre 13% e 32% neste ano.
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