Com sobra, arroz não repete demanda de 2020 e produtores já pensam em escoar para ração
jul, 20, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202129
Os arrozeiros gaúchos saíram de quarta maior safra da história, acima de 8,5 milhões de toneladas, alimentada por produtividades recordes, sem o ímpeto do consumo interno e exportador igual a 2020, quando em pleno final de safra (abril/maio) os preços já mostravam solidez mesmo com a oferta maior entrando.
A inflação do arroz não deverá se repetir em 2021 e os produtores estão enxergando a alternativa de escoar parte da produção para as indústrias de ração. Aliás, segue movimento de outros grãos, com as misturadoras testando alternativas de substituição ao milho, como o sempre escasso trigo nacional.
Confira a seguir os números da exportação brasileira de arroz a partir de 2019, de acordo com o DataLiner:
Exportação Brasileira de Arroz (HS 1006) | Jan 2019 a Maio 2021 | WTMT
Fonte do gráfico: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
O analista Vlamir Brandalizze tem ouvido isso dos produtores do maior estado rizicultor brasileiro.
As indústrias de rações estão pagando até R$ 80 a saca. As indústrias de beneficiamento para alimentação humana não estão nem alcançando os R$ 77. Além de a maioria oferecer o piso nominal mais baixo, de R$ 70.
“As empresas não estão conseguindo repassar mais preços nos supermercados”, diz Brandalizze, que enxerga no pacote de R$ 18 o limite de preço, embora as promoções abaixo estejam grandes.
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