Brasil se torna o segundo maior exportador mundial de pimenta-do-reino
fev, 25, 2022 Postado porGabriel MalheirosSemana202208
O Brasil tem se tornado cada vez mais conhecido no mundo por suas pimentas e vem ganhando espaço como fornecedor do mercado árabe. Graças à diversificação de solos, o País desenvolve, de Norte a Sul, diferentes tipos do produto. As pimentas do gênero Piper e Capsicum são as principais produzidas, mas a pimenta-do-reino (Piper Nigrum) é a campeã nas vendas internacionais. No ano passado, ela foi responsável por 98% da exportação brasileira de pimenta, segundo o sistema de dados de comércio exterior do governo brasileiro, o ComexStat.
As exportações das pimentas brasileiras para os países da Liga Árabe têm crescido acima da média. De 2017 a 2021, as vendas da pimenta-do-reino aumentaram expressivamente para esse mercado, tanto em toneladas, média de 47,5% ao ano, quanto em valor exportado, 41,7% ao ano. O avanço das vendas para outros importadores do mundo foi bem menor. O crescimento anual médio exportado foi de 11,6% em toneladas e de 2,8% em valor.
O segundo maior
Em 2020, o Brasil conquistou a segunda colocação entre os maiores exportadores de pimenta-do-reino do mundo, representando 15% do total das vendas do produto. O país só ficou atrás do Vietnã, responsável por mais 41,5% da comercialização global.
Para o presidente da Associação Capixaba dos Exportadores de Pimentas e Especiarias (Acepe), Rolando Martin, o mercado brasileiro de pimenta-do-reino pode crescer ainda mais. “Estamos vendo o mercado do Vietnã, maior produtor do gênero de pimentas Piper, diminuir a quantidade de produção e esse vácuo poderá ser preenchido pelo Brasil, o segundo maior produtor. Estamos prevendo um incremento (nas vendas) não só dos países árabes, mas para o mundo inteiro da pimenta brasileira em 2022 e 2023”, disse.
Para atender a demanda, em um ano a produção aumentou em 31 toneladas. Em 2021, o cultivo de pimenta-do-reino atingiu a marca de 145 mil toneladas e exportação de quase 92 mil toneladas. Alemanha, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos e Egito estão entre os países que dividem as principais posições entre os importadores do produto brasileiro. O mercado árabe, com Emirados e Egito à frente, foi responsável pela importação de 26,5 mil toneladas de pimenta-do-reino no ano passado.
“De 2012 a 2021, as vendas para os Emirados Árabes cresceram 57% e no mesmo período, a comercialização com o Egito aumentou 21%”, afirmou Celeste. Outros países árabes, como o Marrocos, também têm apresentado demanda maior nos últimos anos. “Em 2012, o Brasil exportava US$ 663 mil para os países árabes, já em 2021 o valor já aumentou para US$ 39 milhões”, disse o gerente de Inteligência de Mercado da ApexBrasil.
Estados produtores
O Espírito Santo é o estado que mais se destaca como exportador de pimenta-do-reino no Brasil, em razão das terras e clima serem próprios para o plantio desse tipo de cultura. De acordo com Rolando Martin, o estado foi responsável por quase 55% do total de exportações feitas do produto em 2021.
O Pará e Bahia vêm na sequência dos maiores estados exportadores de pimenta-do-reino do Brasil com, respectivamente 34% e cerca de 8,8% de participação.
Fonte: Comex do Brasil
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