Exportações peruanas crescem 9,1% nos primeiros dois meses de 2024
abr, 10, 2024 Postado porSylvia SchandertSemana202416
Nos primeiros dois meses do ano, as exportações peruanas alcançaram US$ 10,339 bilhões, marcando um aumento de 9,1% em comparação com o mesmo período em 2023 (US$ 9,473 bilhões). Essa tendência positiva tem sido mantida por seis meses consecutivos, conforme relatado pela Associação de Exportadores (ADEX).
Após uma queda de 4,7% em agosto do ano passado, os envios de exportação se recuperaram nos meses seguintes: 3% em setembro, 8,1% em outubro, 15% em novembro, 1,1% em dezembro, 12,9% em janeiro e 5,4% em fevereiro.
No entanto, Julio Pérez Alván, presidente da associação, expressou preocupação com a desaceleração do setor em comparação com anos anteriores. “A situação complexa afeta as expectativas de alguns setores-chave para a economia nacional. É hora de uma transformação na classe política”, afirmou.
Ele detalhou que, entre os 14 setores exportadores, metade apresentou números negativos. No setor primário, hidrocarbonetos, e em setores não tradicionais, têxteis, vestuário, pesca de consumo humano direto, metalurgia, mineração não metálica e madeira.
De acordo com o ‘Relatório de Exportações – Fevereiro de 2024’ do Centro de Pesquisa em Economia Global e Negócios da Associação de Exportadores CIEN-ADEX, as exportações tradicionais (US$ 7,305 bilhões) aumentaram 14,6%, enquanto as exportações de valor agregado (US$ 3,034 bilhões) contraíram -2,1%.
Exportações Tradicionais
A mineração liderou esses envios com US$ 6,093 bilhões (aumento de 21,4%), impulsionada por volumes mais altos de cobre apesar dos preços internacionais mais baixos (fevereiro de 2024/2023: -7,1%) e aumento dos volumes de ouro em bruto. Este aumento também é atribuído à normalização das principais rodovias de mineração, anteriormente afetadas por greves e bloqueios nos primeiros dois meses de 2023.
Foi seguida pelos hidrocarbonetos com US$ 661 milhões (-25,1%), pesca com US$ 399 milhões (5%) e agricultura com US$ 152 milhões (63%). A China liderou a lista de destinos com US$ 3,5 bilhões, seguida pela Índia (US$ 508 milhões), Canadá (US$ 493 milhões), Japão (US$ 475 milhões) e Suíça (US$ 369 milhões). Um crescimento notável foi observado na Índia (283%), Suíça (115%) e Emirados Árabes Unidos (64%).
Exportações Não Tradicionais
Em termos de exportações de valor agregado, o setor líder foi o agronegócio (US$ 1,639 bilhão), mostrando um aumento de 8%. No entanto, analisando janeiro e fevereiro em detalhes, revela-se um aumento de 22% no primeiro mês e uma redução de -7,9% no segundo.
O destaque deste setor foram os mirtilos, beneficiando-se de melhores preços e volumes mais altos devido à redução da oferta global causada por condições climáticas adversas.
Foi seguido por produtos químicos (US$ 329 milhões), metalurgia (US$ 257 milhões) e pesca para consumo humano direto (US$ 224 milhões), apesar de uma queda de -36%, a menor taxa nos primeiros dois meses do ano.
Outros setores que apresentaram resultados negativos incluíram vestuário, mineração não metálica, metalurgia, têxteis e madeira. Itens ‘vários’, incluindo joias e ourivesaria, fecharam em US$ 72 milhões (+0,5%).
Os itens mais significativos foram uvas (US$ 405 milhões), embora tenham diminuído -28% em comparação com o mesmo período do ano passado, mirtilos (US$ 312 milhões), mangas (US$ 156 milhões), abacates (US$ 86 milhões) e fosfatos de cálcio naturais (US$ 80 milhões). Essas exportações foram principalmente destinadas aos Estados Unidos, Holanda, Chile, México e Equador.
Fonte: ADEX-Peru
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