Abimapi apresenta pesquisa com os impactos da pandemia no transporte marítimo internacional
jul, 01, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202127
De acordo com dados da pesquisa conduzida pelo projeto setorial Brazilian Biscuits, Pasta and Industrialized Breads & Cakes, mantido pela Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi), em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), as empresas esperavam, em média, 26 dias entre solicitação de reserva de carga e o efetivo embarque e agora levam 33 dias, ainda assim há casos extremos de realizarem a reserva e, em 20 dias, prosseguiam com o embarque e agora levam 50 dias.
Em relação aos valores do frete marítimo, as empresas sentiram incremento de 62% nos custos de embarque. “Com crescimento da demanda na pandemia e a demora, o aumento de custos nos embarques prejudica o desempenho, cerca de 50% das nossas associadas já perderam exportações”, explica Rodrigo Iglesias, Diretor Internacional da Abimapi.
Rodrigo ressalta que grandes empresas e multinacionais como fazem embarques constantes acabam tendo uma certa prioridade na hora de realizar o serviço de entrega dos alimentos, enquanto as pequenas e médias empresas que não tem uma regularidade mensal para os embarques, acabam sendo prejudicadas. “Trabalhamos com alimentos essenciais para a população, por isso a urgência em medidas que tornem o processo mais assertivo e funcional é fundamental”, completa.
Mais de 80% das empresas exportadoras utilizam contêineres 20′ Dry, 40′ Dry ou 40′ High Cube. O destaque vai para contêineres 20´ Dry, que sozinhos respondem por mais de 40% da demanda exportadora. Tal concentração nesse tipo de equipamento para embarque de cargas pode explicar o motivo da empresa ter dificuldade de encontrá-los, além da espera para o carregamento pode ser grande e custosa. Entre os Países com maiores dificuldades no embarque estão: Arábia Saudita; Canadá; China; Colômbia; Emirados Árabes; Estados Unidos; Kuwait; Japão e Venezuela
A maioria das cargas estão nos estados de São Paulo (35%), Rio Grande do Sul (24%), Paraná (13%) e Santa Catarina (10%). São Paulo e os estados do Sul somam 82% do total do país. Qual a consequência? Os portos de Santos (41%), Rio Grande (24%), Paranaguá (10%) e Navegantes (10%), concentram 85% dos carregamentos de todo o Brasil.
“Mais disponibilidade de datas para embarque, aumento da frota de navios para atendimento da demanda mundial e disponibilizar mais navios e containers para regular demanda e oferta, são algumas das soluções para a melhoria de custos e condições do embarque das mercadorias”, completa Rodrigo Iglesias.
Fonte: Comex do Brasil
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