Agentes de carga tiveram receita recorde em 2022 apesar da queda da demanda

Um ambiente hostil a demanda nos últimos meses de 2022 fez pouco para prejudicar as empresas que atuam como fornecedores terceirizados de logística (3PLs em inglês), que aumentaram a receita combinada em 13.8%, alcançando o recorde de US$ 612 bilhões no ano, de acordo com o relatório Top 50 Global 3PL publicado no Journal of Commerce, elaborado pelo SJ Consulting Group.

Apenas seis das 50 maiores 3PLs do mundo viram sua receita diminuir em 2022, e quase dois terços das empresas aumentaram sua receita em dois dígitos, incluindo as cinco que mais pontuaram nessa lista – Amazon, Kuehne + Nagel (K +N), DHL, DSV e DB Schenker. Isso se deu apesar da demanda global pelo frete de cargas e das taxas spot saindo de máximas históricas para retornar aos níveis pré-pandêmicos ou algo próximos a eles.

O crescimento da receita – com 16 das 50 principais empresas relatando aumentos de mais de 20% e outras quatro registrando ganhos de mais de 40% – culminou em um mercado ainda robusto de frete marítimo e aéreo no primeiro semestre do ano. Algumas empresas, como Maersk e Uber Freight, aumentaram sua receita principal com base nas aquisições feitas em 2021 e 2022, enquanto outras, incluindo K+N e Bolloré, o fizeram por meio das remessas.

A K+N aumentou a receita em quase 25% em 2022, graças à receita “historicamente alta” obtida por contêiner, disse Satish Jindel, presidente da SJ Consulting, com sede em Pittsburgh. A Bolloré sustentou aumentos de tarifas em agenciamento de carga e volumes no transporte aéreo para aumentar sua receita em 36% em 2022, ainda mais rápido do que o crescimento de 30,3% que a empresa registrou em 2021.

No outro extremo do espectro, 2022 foi um ano desafiador para a Sinotrans, que registrou de longe o maior declínio ano a ano de 17,4%. Jindel atribuiu a queda principalmente à presença massiva da Sinotrans na China, que esteve sujeita a bloqueios crônicos do COVID-19 durante grande parte do ano.

“As tarifas para frete marítimo e aéreo caíram rapidamente no final de 2022, dependendo das rotas comerciais e, portanto, variando os níveis de impacto em diferentes empresas”, disse ele. “Isso se soma ao impacto do dólar forte em algumas empresas estrangeiras.”

O ranking de 2022 também foi influenciado por fusões e aquisições, tanto no passado quanto no futuro. A Gefco, por exemplo, foi absorvida pela subsidiária da CMA CGM, CEVA Logistics, e a BDP International foi vendida para a operadora de terminais PSA International e rumores persistem que a DB Schenker está à venda.

Fonte: Journal of Commerce

Para ler o material original, acesse: https://www.joc.com/article/forwarders-raked-record-revenues-2022-despite-h2-demand-collapse_20230331.html

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