Economia

Agronegócio corre risco de gargalo logístico nos próximos anos, diz estudo

dez, 03, 2024 Postado porSylvia Schandert

Semana202446

O agronegócio brasileiro pode viver um apagão logístico nos próximos anos à medida que a capacidade dos terminais graneleiros dos portos do país se a pequena frente a uma demanda crescente de exportação de commodities. É o que aponta um estudo feito pela Macroinfra, consultoria especializada em infraestrutura.

Outro entrave, segundo o levantamento, é a falta de diversidade de modais no escoamento dos grãos produzidos no interior do país, cujo transporte até os portos ainda é muito dependente de rodovias.

De acordo com o levantamento, atualmente mais de 91% da capacidade portuária brasileira para exportação de granéis agrícolas está em uso –patamar acima do limite de segurança operacional, estimado pelo setor em aproximadamente 85%. Os números consideram a demanda de exportação de grãos como soja, açúcar, trigo, malte e milho, entre outros.

A capacidade instalada registrada no fim do ano passado chegava perto dos 234 milhões de toneladas, segundo a consultoria. Em 2028, esse montante já não será suficiente para absorver a demanda de exportação, que chegará a 238,9 milhões, estima a Macroinfra.

O levantamento foi feito a partir de dados da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Ex-Macro Logística, a Macroinfra presta serviços para clientes como BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), CNI (Confederação Nacional da Indústria), Vale, porto de Vitória, Suzano e governo de Minas.

A consultoria mapeou uma série de projetos de ampliação e construção de terminais portuários que, juntos, poderiam adicionar 173,5 milhões de toneladas de capacidade de embarque dos granéis sólidos por ano aos portos brasileiros, segundo o levantamento.

Fonte: Folha de São Paulo

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