Apesar da demanda fraca, importação de aço avança no Brasil
jun, 05, 2023 Postado porGabriel MalheirosSemana202323
Aproveitando os preços em baixa do aço no mercado externo, que gera um prêmio elevado ante o do produto nacional, e o dólar negociado na faixa de R$ 5,00, produtos estrangeiros têm ganhado espaço no mercado brasileiro. Mesmo com o consumo aparente de produtos siderúrgicos estar fraco e sinalizar até fechar em leve queda neste ano.
Conforme dados divulgados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), referentes ao período janeiro-abril, o volume de aços planos importado registrou aumento de 18,5%, somando 659,5 mil toneladas, ao se comparar com mesmo período de 2022.
Em abril, especificamente, o crescimento saltou para 46,7%, atingindo 161 mil toneladas, sobre um ano atrás, informa o relatório mensal do Inda. Os volume não incluem aços semiacabados (placas), aços especiais e folhas metálicas, usadas em embalagens.
“Nessa tendência, o montante de material importado deve se manter ou provavelmente superar o de 2022”, afirmou Carlos Loureiro, presidente do Inda. Na sua avaliação, ninguém [importadores] tem mostrado medo da variação do dólar ao decidirem fazer pedidos lá fora. “A entrada de material estrangeiro só não aumenta mais porque o mercado local está muito fraco”.
As principais fontes do material estrangeiro, que entra via vários portos no país, são a China (55% do volume total), Rússia (16%), Áustria (10,6%, com destaque para chapa grossa especial, usadas em tubos de petróleo) e Coreia do Sul (9%).
Segundo Instituto Aço Brasil, que reúne fabricantes de todos os tipos de aço, em abril as vendas de laminados no mercado interno recuaram 11,2% — sendo 7,1% em produtos planos e 16,3% em longos. No quadrimestre, a queda média do total foi de 3,9% (-1,8% e 6,7%, respectivamente).
Segundo a entidade, o consumo aparente de aço no mercado brasileiro, em abril, registrou decréscimo de 2,7% em aço plano e 8,4% nos longos. No acumulado de quatro meses o desempenho ainda foi positivo em 1% para produtos planos, mas negativo em 3,6% nos aços longos, que são utilizados na construção civil e obras de infraestrutura.
Veja abaixo as importações brasileiras de produtos laminados planos de ferro e aço (códigos HS 7208-7212). Os dados são do DataLiner.
Produtos siderúrgicos laminados planos | Jan 2019 – Abr 2023 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Rússia e China dominam entra de placas
O indicador do Inda reportou ainda que a entrada do semi-acabado placas teve alta expressiva devido a importações de Usiminas e até de Cia. Siderúrgica Nacional (CSN). A CSN informou, no início de maio, em reunião com analistas, ter comprado expressivo volume devido a problemas em um alto-forno e na aciaria no início do ano. A normalidade da usina da empresa voltaria a partir deste mês, garantiu.
A Usiminas formou estoques para suprir os laminadores de sua usina de Ipatinga (MG) durante a reforma de seus maior alto-forno. Iniciadas em abril, as obras da reforma do equipamento vão se prolongar até agosto.
As importações de placas somaram 192,1 mil toneladas no período de janeiro a abril, com procedência da Rússia (70,5%), China (24,4%), Alemanha (4,1%) e outros países. Isso, apesar de o Brasil ser um dos maiores produtores de placas do mundo — ArcelorMittal Tubarão, Ternium Brasil e ArcelorMittal Pecém.
O que pesou, nesse caso, são os preços agressivos de produtores da China e da Rússia, via-a-vis uma cotação menos volátil do dólar no período. E recuo nos fretes logísticos de navios.
Fonte: Valor Econômico
Para ler a matéria original completa, acesse: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/06/04/apesar-da-demanda-fraca-importao-de-ao-avana-no-mercado-brasileiro.ghtml
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