Apesar de exportações recordes em 2022, economia chilena espera tempos difíceis
jan, 12, 2023 Postado porGabriel MalheirosSemana202302
O Chile teve um ano positivo no comércio exterior positivo em 2022, com exportações chegando a quase US$ 100 bilhões, a maior em termos históricos, e superávit de US$ 2,85 bilhões. Estatísticas do Banco Central apontam que as exportações de US$ 97,5 bilhões, aumento de 3% em relação ao ano anterior, foram alcançadas apesar da forte queda no valor do cobre exportado pelo país (-14%) e uma retração de 18% nas vendas externas do metal vermelho.
As exportações totais de cobre totalizaram US$ 43,88 bilhões, equivalentes a 43% das exportações do Chile. No entanto, as fracas exportações de metais foram mais do que compensadas pelo bom desempenho das exportações industriais, US$ 35,2 bilhões, 19,8% acima de 2021.
Os números das importações também foram expressivos, totalizando US$ 94,6 bilhões em 2022, alta de 12,4% em relação a 2021, com bom desempenho na maioria dos setores.
No entanto, dezembro enfrentou um ritmo mais lento no comércio exterior, refletindo o fato de que as principais economias do mundo, China, União Europeia e Estados Unidos, podem estar em recessão. As vendas ao exterior caíram 1%, pelo quinto mês consecutivo, enquanto as importações contraíram 17,7% em relação a novembro, a menor desde 2022.
O banco central chileno também divulgou nesta semana as expectativas econômicas para 2023, que antecipam uma desaceleração da inflação e uma leve contração das taxas de juros, a partir de abril/maio.
De acordo com levantamento junto ao mercado, o Índice de Preços em janeiro deverá cair 0,5% mês-a-mês em janeiro e 0,4% em fevereiro. Além disso, estima-se uma queda de 5% para os doze meses de 2023. No entanto, a Taxa de Política Monetária do Banco Central cairá para 11,25% em doze meses no final de janeiro, 10,75% no final de abril e 10,25% no primeiro semestre, o que pode levar a taxa a cair para 7% até o final de 2023, e 5,5% no período de dezoito meses.
A economia chilena deverá contrair 1,5% em 2023, em linha com as expectativas do FMI, Banco Mundial e Cepal, tornando-se o único país da América Latina e Caribe junto com o Haiti a perder força, com uma recuperação possível em 2024 na faixa de 2,4% de crescimento. O investimento estrangeiro direto também deve cair nos próximos 18 meses.
Fonte: MercoPress
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