Aprovada primeira fase da Fortescue no Pecém para produção de H2V
out, 11, 2024 Postado porGabriel MalheirosSemana202440
Nesta quarta-feira (9), o governador Elmano de Freitas assinou com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a resolução que aprova a primeira fase do projeto industrial de produção de hidrogênio verde (H2V) da empresa australiana Fortescue, que será instalada em uma área de 121 hectares, no Setor 2 da ZPE Ceará. O projeto prevê investimento total de até US$ 5 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões). Mais cedo, havia sido deliberado a favor pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE).
De acordo com o gestor estadual, esse foi um passo importante para o Ceará no mercado de transição energética. “É importante, inclusive, para nosso projeto de produção de Hidrogênio Verde. Na manhã de hoje, o Conselho Nacional da ZPE aprovou um dos projetos de produção de H2V que tem um investimento de US$ 5 bilhões, que nos permitirá ter a primeira grande produção de Hidrogênio Verde em grande escala. Nós já temos um investimento inicial de R$ 100 milhões dessa empresa com a terraplanagem para a futura construção da usina”, destacou. “Essa aprovação permite o Ceará sonhar ousar ser um grande polo de produção de H2V”, ressaltou Elmano.
A Fortescue foi a primeira empresa a assinar um pré-contrato para a instalação de uma usina de H2V no Complexo do Pecém. Com a aprovação, ela está autorizada a construir sua planta para a produção e distribuição de H2V na ZPE Ceará. Serão gerados até 5 mil empregos somente na fase de implantação.
O projeto da Fortescue tem potencial para produzir cerca de 500 toneladas de hidrogênio verde por dia, com o uso de 1,2 gigawatts de energia renovável. O Estudo de Impacto Ambiental, apresentado em agosto de 2023, foi aprovado há um ano pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema). A planta de Hidrogênio Verde da Fortescue foi a primeira empresa a ter um projeto de H2V aprovado pela entidade no Ceará. A empresa australiana anunciou em julho que as obras de terraplanagem devem começar até o fim deste ano.
Para Luis Viga, country manager da Fortescue no Brasil, regimes como a ZPE são fundamentais por conta dos diferenciais competitivos estabelecidos entre todos os agentes envolvidos, como o poder público Federal, Estadual, Complexo do Pecém e indústria. “Esse é mais um passo para garantir que o Brasil possa realizar seu potencial de ser líder global na transição para a economia de baixo carbono, o que passa necessariamente pela concretização do Hidrogênio Verde como fonte de energia e insumo industrial viável”, observa o dirigente.
Garantia para obras estruturantes
Para além da agenda com o vice-presidente, o governador participou de uma série de reuniões, em Brasília, com o objetivo de garantir recursos para obras estruturantes no Ceará. Entre os saldos positivos das reuniões, então a garantia de financiamento para dar celeridade nas obras da Transnordestina e o início das obras de duplicação da BR-116 para novembro de 2024.
O gestor estadual também ressaltou que, em reunião com o ministro dos Transportes, Renan Filho, ficou garantido que em novembro deste ano irão ter início às obras de duplicação da BR-116 – o trecho que vai até o município de Tabuleiro do Norte. “Ficou reafirmado pelo ministro Renan Filho, que até o início da primeira quinzena de novembro começam as obras da duplicação da BR-116, que é muito importante para a infraestrutura do Estado”, afirmou.
Pela manhã, reunido com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, além de discutir as obras da Transnordestina, o governador também teve o Cinturão das Águas do Ceará (CAC) e sua conclusão. A expectativa é que a conclusão da obra aconteça em 2025. Waldez Góes deve vir ao Ceará para acompanhar as obras do Ramal do Salgado, que tem R$ 350 milhões em investimentos e se liga à Transposição do Rio São Francisco.
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