Área de acesso ao Porto de Santos deve receber investimento de R$ 15 milhões em obras

O Governo do Estado e a Prefeitura de Santos deverão assinar convênio para a destinação de R$ 15 milhões para obras estruturantes na Alemoa Industrial ainda neste mês. Os recursos serão investidos na pavimentação, drenagem e remodelação da saída do único viaduto que dá acesso aos terminais da Margem Direita do Porto de Santos.

Rogério espera que os “recursos sejam liberados ainda neste ano”, explicando que toda a documentação referente à planta de obras da Alemoa Industrial está sendo inserida no sistema digital do Governo do Estado para análise dos setores competentes. “O aporte será liberado de uma vez só”, diz.

“Havendo a liberação do recurso, a Prefeitura dará início ao processo licitatório, da publicação do edital até a assinatura do contrato, cumprindo todos os prazos legais. Normalmente, leva de três a quatro meses”, afirma o prefeito.

A Alemoa é o principal acesso de caminhões à Margem Direita do Porto de Santos. Estima-se que circulem diariamente pela região de 10 a 15 mil veículos pesados, que enfrentam, além de buracos nas principais vias, longos congestionamentos.

Ciesp e Prefeitura: estudos na região

Um polo industrial que atenda à vocação econômica e portuária da Baixada Santista e às necessidades do setor privado. Com esse objetivo, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) desenvolverá um estudo na região, em parceria com a Prefeitura de Santos.

“Com o intuito de verificarmos quais tipos de indústria se adequam à realidade da Baixada Santista e vão ao encontro do que o setor necessita, considerando todo o nosso potencial energético, a relação com o Porto e o nosso sistema rodoviário”, afirma o prefeito Rogério Santos, que se reuniu com o presidente do Ciesp, Rafael Cervone, na última quinta-feira, na Capital.

O prefeito destaca ainda a relação com a sustentabilidade. “Não podemos pensar em indústrias sem o selo de indústria verde”, disse, ressaltando a disponibilidade de áreas “na própria Alemoa Industrial e na Área Continental, que é uma grande área de preservação ambiental”.

De acordo com Rogério, uma nova reunião está prevista para o início de 2024 para pontuar as diretrizes do estudo a partir de uma primeira avaliação. “Não poderíamos pensar em projetos industriais sem ouvir o setor privado”, concluiu

Sobre o impacto direto do desenvolvimento industrial, o secretário de Assuntos Portuários e Emprego de Santos, Bruno Orlandi, diz que o Porto de Santos desempenha um papel crucial na economia local, registrando quase 34 mil carteiras assinadas. Para o nosso Porto ser cada vez mais competitivo no exterior, a tecnologia é necessária”.

Emprego

Para Orlandi, um dos caminhos é levar para dentro da Fundação Parque Tecnológico de Santos a formação de jovens que estão chegando no mercado de trabalho. “Hoje, nós temos empresas genuinamente santistas que empregam mais de 200 pessoas só para desenvolver sistemas”, complementa.

O secretário aponta ainda que outro caminho é trazer para perto do Porto a indústria de alto valor agregado e baixo impacto ambiental, para, assim, diminuir o custo logístico. A Zona de Processamento de Exportação (ZPE) surge como uma ferramenta valiosa nesse contexto, explica.

“Nós sabemos que a indústria é uma grande geradora de empregos. Hoje, dos 10 maiores portos do mundo, sete são chineses e eles cresceram justamente fazendo um trabalho semelhante à ZPE”.

APS na Fiesp

Em reunião com a Diretoria de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), nesta segunda-feira (4), na sede da instituição, em São Paulo, o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, disse que investirá R$ 7 bilhões em obras prioritárias no Porto de Santos, incluindo o túnel Santos-Guarujá.

Na ocasião, os diretores da Fiesp demonstraram interesse em visitar o Porto pelo canal de navegação.

A diretoria da Fiesp ressaltou que ajudará a APS a ‘vocalizar’ as reinvindicações do Porto, como a necessidade de construção de uma nova via de descida da Capital para a Baixada Santista. “A reunião foi muito produtiva e a Fiesp fará uma pauta devolutiva dos nossos pleitos de forma presencial, em Santos”, afirmou o presidente da APS, Anderson Pomini.

Fonte: A Tribuna

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