Argentina: comércio com o Brasil se mantém moderado em Agosto
set, 05, 2023 Postado porGabriel MalheirosSemana202336
O comércio bilateral entre Argentina e Brasil registrou um déficit de US$ 292 milhões em agosto de 2023, marcando o oitavo mês consecutivo de saldo negativo para a Argentina. De acordo com o último relatório da Câmara Argentina de Comércio e Serviços (CAC), o comércio bilateral totalizou US$ 2,571 bilhões em agosto e acumulou um déficit de US$ 4,475 bilhões no ano.
Em agosto, o comércio bilateral com o Brasil diminuiu 10,7% em relação ao mesmo período de 2022, Em agosto, o comércio bilateral com o Brasil diminuiu 10,7% em relação ao mesmo período de 2022. Além disso, houve uma queda de 1,2% em relação a julho, devido à diminuição das importações em 10,6%, apesar do aumento das exportações em 14%.
As exportações argentinas para o Brasil caíram 13,3% em agosto de 2023 em comparação com o mesmo mês de 2022, totalizando US$ 1,139 bilhão. Por outro lado, as importações do país vizinho totalizaram US$ 1,431 bilhão, apresentando uma queda interanual de 8,4%.
Assim, o saldo comercial argentino registrou um déficit de US$ 292 milhões, pelo oitavo mês consecutivo.
Nos primeiros oito meses do ano, o comércio entre os dois países resultou em um saldo negativo de US$ 4,475 bilhões para a Argentina. Vale ressaltar que as exportações diminuíram 5% de janeiro a agosto de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022, enquanto as importações do Brasil aumentaram 20,4% no mesmo período.
Parceiro comercial
O Brasil, o país mais extenso da América, é o principal parceiro comercial da Argentina, uma relação que historicamente apresentou déficits devido à importância estratégica das importações desse país para a produção argentina.
A queda interanual nas exportações da Argentina para o Brasil em agosto (13,3%) se deveu principalmente à redução das exportações de veículos automotores para transporte de mercadorias, motores de pistão, trigo e centeio não moídos. A diminuição interanual das importações argentinas (8,4%) se deveu principalmente à redução das importações de veículos automotores de passageiros e energia elétrica.
No ranking dos maiores fornecedores do Brasil, a Argentina ocupou o quarto lugar, atrás da China, Hong Kong e Macau (US$ 5,021 bilhões), Estados Unidos (US$ 3,208 bilhões) e Alemanha (US$ 1,239 bilhão). Entre os principais compradores do Brasil, a Argentina ficou em terceiro lugar, atrás da China, Hong Kong e Macau (US$ 9,343 bilhões) e Estados Unidos (US$ 3,369 bilhões).
Performance brasileira
As exportações brasileiras para o mundo aumentaram 1,4% em agosto de 2023 em comparação com o mesmo mês de 2022, passando de US$ 30,787 bilhões para US$ 31,210 bilhões. Por outro lado, as importações totais caíram 19,6% em relação ao ano anterior, de US$ 26,680 bilhões em 2022 para US$ 21,444 bilhões este ano.
Dessa forma, o resultado comercial do Brasil foi superavitário, pelo décimo nono mês consecutivo, totalizando US$ 9,767 bilhões, uma situação semelhante à observada em agosto de 2022, quando o saldo foi positivo em US$ 4,106 bilhões.
As expectativas de mercado levantadas pelo Banco Central do Brasil em agosto mostraram um aumento em relação ao mês anterior em relação à estimativa de crescimento para 2023 (2,56% contra 2,26%).
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