Carnes

Argentina está prestes a recuperar as exportações de frango

out, 24, 2024 Postado porSylvia Schandert

Semana202442

Em fevereiro de 2023, a Argentina enfrentou um dos piores pesadelos para a indústria avícola: a gripe aviária, primeiro em aves silvestres, depois em criações de fundo de quintal e, finalmente, na produção comercial. As exportações foram impactadas.

Mas a indústria avícola argentina tem trabalhado arduamente. Primeiro, nas fazendas. A biosegurança levou as propriedades a se declararem livres de gripe aviária em agosto de 2023, o que foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH). Em segundo lugar, está o trabalho de recuperar os mercados de exportação.

Em uma entrevista, Roberto Domenech, presidente do Centro de Empresas Processadoras Avícolas (CEPA), afirmou que 2024 tem sido um ano muito bom. Nos primeiros nove meses, relataram um aumento de 9% nas exportações. Exportaram para 63 países, e novos mercados foram abertos. O único mercado que não foi recuperado é a China, que costumava representar 38% de suas exportações. No próximo mês, os presidentes da Argentina e da China se encontrarão no Brasil, com a esperança de que o comércio seja recuperado.

Abaixo está um gráfico interativo mostrando os principais destinos de exportação de carne de frango da Argentina em contêineres. Os dados derivados da ferramenta DataLiner da Datamar levam em conta apenas embarques de longa distância, não considerando operações de cabotagem ou transbordo.

Principais destinos de exportação de carne de frango | Argentina | 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Domenech está ciente de que a gripe aviária pode acontecer novamente, mas também que é necessário conquistar novos mercados, além de trabalhar com os países que suspenderam as importações e mudaram para outros fornecedores. Ele também está atento aos mercados especiais. Das 27 empresas argentinas que exportam frango, muitas viram vendas de pés de frango. Portanto, a atividade de exportação também significa desenvolver esses mercados especiais.

Outra questão importante, disse Domenech, é que a Argentina precisa trabalhar com um front comum de carnes – frango, carne bovina, suína, tudo junto – assim como faz o Brasil. Essas carnes se complementam e potencializam umas às outras, não competem.

Não há dúvida de que a Argentina está se movendo para um estágio diferente. A Aviagen e a Ross acabaram de anunciar que estão investindo em esforços para recuperar o mercado argentino. Estão reconstruindo sua granja de reprodutores em Granja San Juan, juntamente com uma nova incubadora para produzir 2,1 milhões de reprodutores por ano.

E, embora a seca tenha impactado a produção de grãos, na semana passada foram anunciadas chuvas, que podem recuperar os campos.

As exportações são essenciais, mas também devemos lembrar que a Argentina é um grande consumidor de frango, com quase 50 kg per capita (além de 336 ovos!). Portanto, o mercado está lá, e se a situação econômica melhorar, a produção também irá melhorar.

Fonte: WATTpoultry

Clique aqui para ler o texto original: https://www.wattagnet.com/blogs/latin-america-poultry-at-a-glance/blog/15706638/argentina-on-the-verge-of-recouping-chicken-exports

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