
Ataques dos EUA contra houthis elevam tensão no Mar Vermelho
mar, 17, 2025 Postado porSylvia SchandertSemana202512
Os Estados Unidos e os houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã, estão ameaçando uma escalada das tensões no Mar Vermelho depois que o governo de Donald Trump lançou uma ofensiva aérea para impedir os rebeldes de atacar embarcações militares e comerciais em uma das rotas de navegação mais movimentadas do mundo.
“Não deixaremos essas pessoas controlarem quais navios podem passar e quais não podem. E, então, sua pergunta é: por quanto tempo isso vai continuar? Vai continuar até que eles não tenham mais capacidade de fazer isso”, disse o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, à CBS.
Rubio afirmou que a ofensiva vai além dos ataques retaliatórios pontuais que o governo Biden realizava após disparos dos houthis na região. No sábado, Trump prometeu usar uma “força letal esmagadora” até que os rebeldes parem com seus ataques e fez um alerta de que o Irã será “totalmente responsabilizado” pelas ações deles.
Os houthis vêm atacando reiteradamente embarcações internacionais no Mar Vermelho, tendo já afundado dois navios, no que eles chamam de atos de solidariedade aos palestinos em Gaza, onde Israel encontra-se em guerra com o Hamas, outro aliado do Irã.
Os ataques pararam quando um cessar-fogo entre Israel e o Hamas foi estabelecido em janeiro – um dia antes de Trump assumir a presidência -, mas, na semana passada, os houthis disseram que iriam retomar os ataques contra navios israelenses depois que Tel Aviv cortou a ajuda humanitária para Gaza. No entanto, não houve relatos de ataques houthis desde então.
O Ministério da Saúde do Iêmen, administrado pelos houthis, afirmou que os ataques dos EUA mataram 31 pessoas, incluindo mulheres e crianças, e deixaram mais de 100 feridos na capital Sanaa e na província de Saada, no norte do país, reduto dos rebeldes na fronteira com a Arábia Saudita.
Os ataques aéreos foram um dos mais extensos contra os houthis desde o começo da guerra em Gaza em outubro de 2023. O assessor de Segurança Nacional de Trump, Michael Waltz, disse à ABC que os ataques “na verdade tiveram como alvo vários líderes houthis e os eliminaram”. Ele não os identificou ou forneceu evidências. Rubio disse que algumas instalações houthis foram destruídas.
O gabinete político dos houthis disse que os rebeldes responderão aos ataques dos EUA e “enfrentarão a escalada com escalada”. Ontem, os rebeldes afirmaram ter disparado mísseis e um drone contra o grupo de ataque do porta-aviões USS HarryTruman, que está na região, mas duas autoridades dos EUA disseram, sob anonimato, que nada nesse sentido foi detectado.
Rubio disse que, nos últimos 18 meses, os houthis atacaram a Marinha dos EUA “diretamente” 174 vezes e alvejaram navios comerciais 145 vezes usando “armamento guiado de precisão antinavios”. Os ataques provocaram os combates mais sérios enfrentados pela Marinha dos EUA desde a Segunda Guerra Mundial.
Ontem, o chefe da Guarda Revolucionária do Irã, o general Hossein Salami, negou que seu país esteja envolvido nos ataques dos houthis, afirmando que “ele não tem nenhum papel na definição das políticas nacionais ou operacionais” dos grupos de militantes dos quais é aliado na região, segundo veiculou a TV estatal.
Abbas Araghchi, ministro das Relações Exteriores do Irã, pediu aos EUA, no X (antigoTwitter), que parem os ataques aéreos e disse que Washington não pode ditar a política externa do Irã.
Há muito tempo os EUA e outros países acusam o Irã de fornecer ajuda militar aos rebeldes no Iêmen. EUA, Israel e Reino Unido já atingiram áreas controladas pelos houthis no país, mas a nova operação foi conduzida apenas pelos americanos. Este foi o primeiro ataque aos houthis sob o segundo governo Trump.
Fonte: Valor Econômico
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