Atraso em colheita impacta exportações do café
jun, 24, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202225
A colheita de café do Brasil 2022/23 havia atingido 35% do total projetado até o dia 21 de junho, com atraso ante a média histórica para o período, o que deve impactar o ritmo de exportação do País nos primeiros meses de embarques da nova temporada, afirmou, no último dia 23, a consultoria Safras & Mercado.
O atraso na colheita se deve à maturação irregular, falta de mão de obra para os trabalhos e uma produção maior em relação ao ano passado, segundo a consultoria.
Na mesma época de 2021, o maior produtor e exportador global de café havia colhido cerca de 40% da safra, enquanto pela média histórica de cinco anos o índice é de 44%.
A colheita avançou sete pontos percentuais na comparação com a semana anterior, segundo dados da Safras, mas não o suficiente para reverter a situação, o que tem sustentado preços para embarques imediatos, além de potencialmente limitar o escoamento.
“Esse atraso já tem uma implicação de curto prazo, preços valorizados, principalmente para café do chamado grupo 1 de exportação, bebida boa, bebida fina, cerejas estão valorizados nos embarques mais imediatos, isso se deve ao atraso na colheita”, disse o consultor Gil Barabach.
Veja abaixo o histórico das exportações de café do Brasil de janeiro de 2021 a abril de 2022. Os dados abaixo foram extraídos da plataforma DataLiner.
Exportações de café do Brasil | Janeiro 2021 – Abril 2022 | WTMT
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
A saca de 60 kg do café bebida dura para melhor, posto em São Paulo, registra alta de 9% no acumulado do mês, cotada a R$ 1.388,80, segundo indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Os embarques de café do Brasil em junho somaram 1,156 milhão de sacas até o dia 22, versus 859,5 mil sacas até a mesma data do mês anterior, segundo dados da autoridade aduaneira brasileira compilados pelo Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé).
O especialista da Safras citou também uma menor oferta de café da Colômbia, o que sustenta o mercado no curto prazo diante do ritmo da colheita no Brasil. Estoques de café certificados na bolsa de Nova York nos patamares mais baixos em 22 anos são outros fatores de alta, acrescentou.
O consultor disse que uma postura menos retraída dos produtores poderia melhorar a situação da oferta.
“O produtor está segurando o café… apostando na alta no curto prazo, isso deve colaborar com este fluxo mais travado no início de safra”, destacou.
Fonte: Diário do Comércio
Para ler o texto original completo acesse: https://diariodocomercio.com.br/agronegocio/atraso-em-colheita-impacta-exportacoes-do-cafe/
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