Autoridade Portuária de Santos cresce 12% no 2º trimestre

A Santos Port Authority (SPA), autoridade portuária de Santos registrou receita líquida de R$ 261,1 milhões no segundo trimestre, alta de 12,2% sobre o mesmo período de 2019 impulsionada pela forte movimentação de cargas, No período  abril-junho, o Porto de Santos movimentou 38,8 milhões de toneladas, crescimento de 17,2% na comparação anual, reflexo, especialmente, das exportações do agronegócio e do câmbio favorável às vendas externas.

Já as ações focadas na racionalização de custos e aumento da receita, em busca de ganhos consistentes para a melhora da sustentabilidade econômico-financeira, resultou em um lucro bruto de R$ 179,7 milhões, alta de 24,1% sobre o mesmo intervalo de 2019, com avanço da margem bruta em 6,6 pontos percentuais, para 68,8%.

A capacidade de geração de caixa, medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), também apresentou alta significativa. Ajustado por efeitos extraordinários, o Ebitda cresceu 18,4% e atingiu R$ 118,1 milhões, com margem de 45,2% – avanço de 2,4 pontos percentuais.

O bom desempenho na receita aliado aos ganhos de eficiência e reduções de gastos levaram a SPA a registrar lucro líquido de R$ 43,7 milhões no trimestre, quase 5 vezes os R$ 8,8 milhões do segundo trimestre de 2019. No semestre, a SPA também obteve resultado positivo na última linha do balanço. O lucro líquido do acumulado do ano até junho atingiu R$ 80,3 milhões, alta de 26,4% sobre janeiro-junho de 2019.

Desempenho e receitas detalhadas

Movimentação de cargas: Em linhas gerais, o bom desempenho do 2T20 refletiu a melhora do volume de exportações escoado pelo Porto de Santos, compensando com sobras a redução verificada no ritmo de importações (principalmente em contêineres).
O grande destaque do período foi o crescimento de quase 37% na carga de granel sólido, impulsionada especialmente pelos maiores embarques de soja e açúcar. Enquanto isso, a carga geral/contêineres, mais diretamente relacionada com as
importações, demonstrou queda de 6,5% no período.

Quantidade de Navios e Utilização dos Berços: Um total de 1.335 navios operaram durante o 2T20, um acréscimo de 5,5% sobre o volume de navios do 2T19. O índice de utilização dos berços evoluiu de 53,6% no 2T19 para 56,4% no 2T20.

Receitas patrimoniais: As receitas patrimoniais tiveram um crescimento de 6,6% no 2º trimestre de 2020. O principal destaque foi o aumento de 19,1% na cobrança atrelada à movimentação de cargas. A parcela das receitas patrimoniais atrelada ao aluguel, cobrada por metro quadrado, teve um acréscimo de 2,8% no período e foi resultado do reajuste contratual baseado no IGPM (7,31% nos últimos 12 meses) e da assinatura de 3 novos contratos de transição na região do Saboó, que compensou o efeito de alguns contratos encerrados ao longo de 2019.

Receitas tarifárias: As receitas tarifárias tiveram um crescimento de 16,0% no 2º trimestre de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. Na análise por tipo de receita tarifária, o destaque positivo foi o aumento na movimentação de cargas (+25,7%) e dos períodos de atracação (+17,0%). Em contrapartida, as tarifas de infraestrutura terrestre mantiveram tendência observada no
1T20 e apresentaram redução de 9,0%, resultado da maior movimentação no período em terminais de arrendamento com berços
adjacentes, que pagam tarifas menores por não utilizarem os recursos de infraestrutura terrestre. Vale também ressaltar que não houve reajuste tarifário no período em análise.

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