Autoridade Portuária planeja ampliar profundidade do canal do Porto de Santos

A Autoridade Portuária de Santos planeja aumentar a profundidade do canal de navegação do Porto de Santos em, no máximo, cinco anos. A ideia é que a via marítima permita, no curto prazo, receber navios com até 14,5 metros de calado  sem a necessidade de esperar momentos de pico de maré

O plano foi revelado pelo diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação da estatal, Bruno Stupello. Segundo ele, a ideia é ampliar dos atuais 15 metros para 16 metros de profundidade no período entre três e cinco anos.

“Na nossa visão, poderia fazer em duas etapas, sendo a segunda chegando a –17. Mas, com uma necessidade no curto prazo, seria um aprofundamento de -16. A gente ganharia, em uma relação direta, um metro de calado. E aí a gente teria possibilidade de entrar a 14,5 metros sem depender de maré. Isso dá um ganho de produtividade muito grande, principalmente, para os terminais de contêineres”, afirmou o executivo.

Hoje, o Porto de Santos está autorizado a receber navios de até 366 metros de comprimento. Porém, eles têm restrição de calado e, além de não poderem utilizar sua plena capacidade de transporte de carga, necessitam esperar por janelas de maré alta para entrar ou sair do cais santista. A autorização da Marinha do Brasil prevê que essas embarcações trafeguem com, no máximo, 14,2 metros de calado.

Segundo Stupello, a vinda de navios deste porte ao Porto, o que ainda não aconteceu, depende de alterações nas linhas marítimas existentes. “Com a ampliação das rotas Leste-Oeste, os navios de 366 metros devem começar a ‘sobrar’ nessa rota e são alocados em outras rotas com destino aos polos, a América do Sul, por exemplo”.

O executivo ainda destaca que, com os planos de aprofundamento do canal, os terminais deverão fazer simulações para o recebimento de cargueiros com calado de 14,5 metros. “Já tivemos consultas para os de 350, que seriam 10 metros acima do que a gente tem recebido hoje. E o de 366 deve vir na sequência”.

Fonte: A Tribuna

Para ler a matéria original completa acesse o link: