Bolívia investe no transporte de carga pela Hidrovia Paraguai Paraná

A Bolívia está cada vez mais assumindo uma posição estratégica e fundamental dentro da Hidrovia Paraguai-Paraná. Tanto o governo boliviano como o setor privado vêm desenvolvendo ações importantes para a melhoria dos processos e infraestrutura que permitem o fortalecimento da logística e dos serviços oferecidos a partir da faixa portuária de Puerto Quijarro, no canal Tamengo.

Nos últimos dois anos, a Bolívia começou a tomar atitudes importantes para incrementar o trânsito de cargas para importação e exportação via hidrovia Paraguai-Paraná. Entre elas está a declaração de porto internacional para os terminais portuários que estão no canal do Tamengo, como um primeiro passo para poder colocar o país no mapa portuário internacional.

Ainda falta resolver alguns problemas cujas soluções são de curto prazo, como problemas documentais, logísticos e processuais que estão começando a serem resolvidos com o objetivo de facilitar e encurtar os tempos logísticos e a liberação de embarcações com carga de exportação.

De acordo com Oswaldo Barriga, presidente da Câmara de Exportadores, Logística e Promoção de Investimentos de Santa Cruz de la Sierra, a Cadex, o tempo necessário hoje para se operar na Bolívia, desde o carregamento do navio, viagem, chegada, descarga e liberação de cargas importadas que atualmente levava uma semana passará a ser feito em, no máximo, três dias.

Para o executivo, a entidade também pretende melhorar os custos logísticos com o objetivo de aumentar os volumes de carga na Hidrovia Paraguai-Paraná.

Infraestrutura portuária

O setor privado também está fazendo seus próprios esforços na Bolívia, como os Portos de Jennefer e Aguirre, que estão adaptando toda a sua infraestrutura de acordo com as necessidades e com o objetivo de se tornar uma zona alfandegária primária.

Também está sendo realizado um projeto para a construção do porto de Busch, que já está em vias de ser licitado para que se comece sua construção.

“Hoje já estamos começando a ver um volume importante de contêineres entrando pela hidrovia Paraguai-Paraná e, se olharmos para as estatísticas, podemos ver que ele está crescendo constantemente entre 20 a 25% em relação ao ano passado tanto na importação quanto na exportação de carga conteinerizada”, afirma Barriga.

O executivo também disse que assinou acordos importantes com várias instituições como a CAFyM, CATERPA, a União Industrial Paraguaia da UIP e o IDR da Argentina para poder pensar conjuntamente e interinstitucionalmente sobre a sinergia que a hidrovia tem hoje.

Fonte: Paraguai Fluvial

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