Brasil abre seis novos mercados para o agronegócio em 2021
fev, 15, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202106
Ainda muito dependente do complexo soja e das compras da China, o Brasil segue trabalhando para diversificar sua pauta de exportações. Do início do ano até agora, foram seis novas aberturas de mercado, que se somam às outras 108 realizadas desde 2019. O país também
conseguiu atualizar o certificado sanitário que limitava a idade dos bovinos vendidos
para a Arábia Saudita.
No último dia 11 de fevereiro, foram confirmadas três aberturas: o Chile liberou a compra de ovos SPF (Specific Pathogen Free, na sigla em inglês), que são livres de patógenos específicos do Brasil, a Colômbia confirmou a abertura para importar sementes de arroz brasileiras e
o Camboja aceitou a entrada de carne suína e produtos derivados.
No início de fevereiro, o Chile havia aberto seu mercado para importar roedores para exposição em zoológico e para uso como animais de companhia. Além disso, em janeiro foi aberto o mercado argentino para a compra de tripas e bexigas bovinas do Brasil. As informações são da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura.
A primeira abertura do ano foi o mercado da Arábia Saudita para a exportação de
carne de ovinos. O Brasil tem apenas quatro estabelecimentos que trabalham com
esse tipo de produto. “Se houver aumento da demanda pode haver aumento da oferta
e investimentos no setor. Foi demanda dos árabes”, afirma o secretário Orlando
Ribeiro.
A conquista mais comemorada, contudo, é a atualização do modelo de certificado
sanitário internacional com os árabes para as exportações brasileiras de carne bovina.
Foi retirada da exigência que limitava em 30 meses a idade dos bovinos abatidos, um
cuidado adicional à Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como mal da
vaca louca, doença com maior probabilidade de acometer animais mais velhos.
“É um ajuste que se fazia necessário. Muitos mercados limitam compras de países que
tenham casos, mas como o Brasil, segundo a própria Organização Mundial de Saúde
Animal (OIE), não tem esse risco, argumentamos que isso não deveria se aplicar a nós.
Na atualização de bovinos, incluíram carne de ovinos que têm interesse em importar”,
disse Ribeiro.
Fonte: Valor
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