Brasil Alcança Novo Marco na Produção e Exportação de Algodão
dez, 10, 2024 Postado porDenise VileraSemana202447
O Brasil atingiu um marco histórico ao ultrapassar os Estados Unidos na produção e exportação de algodão pela primeira vez. No ano comercial (AC) 2024/25, a área plantada com algodão no Brasil alcançou um recorde de 1,97 milhão de hectares, impulsionada por preços favoráveis e custos de produção reduzidos.
As exportações de algodão estão projetadas para 12,6 milhões de fardos, impulsionadas pela demanda global e pela redução da produção na Índia. Apesar dos rendimentos mais baixos devido aos desafios climáticos, a produção é estimada em 16,9 milhões de fardos, o que representa um aumento de 13% em relação ao ano anterior.
Enquanto o consumo doméstico permanece estável em 3,2 milhões de fardos, as exportações continuam a crescer, com a China liderando a demanda de importação. O posicionamento estratégico do Brasil e suas vantagens de custo reforçam sua crescente dominância no mercado global de algodão.
Confira a seguir um histórico das exportações brasileiras de algodão a partir de 2021. Os dados são do DataLiner:
Exportações de algodão (todos os destinos) | Jan 2021 a Out 2024 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Principais Destaques
- O Brasil ultrapassa os Estados Unidos como maior produtor e exportador de algodão.
- A área plantada de algodão atinge um recorde de 1,97 milhão de hectares no AC 2024/25.
- As exportações estão projetadas para 12,6 milhões de fardos, impulsionadas pela demanda global.
- A produção aumenta 13%, apesar dos rendimentos mais baixos devido ao clima.
- O consumo doméstico permanece estável em 3,2 milhões de fardos.
A produção de algodão da Índia para o ano comercial 2024/25 permanece inalterada em 25 milhões de fardos de 480 libras, o menor nível em cinco anos. Isso ocorre devido à redução da área cultivada para 11,8 milhões de hectares, embora os rendimentos tenham melhorado, alcançando 461 quilos por hectare, o maior nível dos últimos quatro anos. Os preços domésticos pós-descaroçamento caíram 9%, para 82 centavos, no último mês, sendo pressionados também por uma queda de 4% no Índice Cotlook-A.
O governo indiano interveio para estabilizar os preços de mercado por meio de compras de algodão a preços mínimos (MSP), com aquisições iniciais reportadas em 176.000 fardos. De maneira relevante, a competitividade dos preços globais impulsionou um aumento nas importações de algodão, especialmente da Austrália e dos Estados Unidos, com os embarques de outubro subindo 479% em valor em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Enquanto isso, a fraca demanda doméstica continua a pressionar os preços nas fazendas, levando os agricultores a realizar entregas de forma escalonada.
O setor têxtil da Índia demonstra resiliência, com as exportações de fios e roupas de algodão crescendo 7% e 35%, respectivamente, apesar dos desafios domésticos. No entanto, a queda na produção de roupas, combinada com os altos custos de insumos, limita o consumo nas fábricas domésticas, que está projetado para 25,5 milhões de fardos. Além disso, o evento Bharat Tex, previsto para fevereiro de 2025, deve destacar o potencial do setor em meio aos ajustes contínuos do mercado.
Conclusão
O setor de algodão da Índia enfrenta um ano desafiador, com produção reduzida e preços internos baixos. As intervenções do MSP e as oportunidades de exportação podem fornecer o suporte necessário.
Fonte: Investing.com
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