Brasil assume liderança mundial em receitas com exportação de grãos
jun, 01, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202124
Como está posicionada a agropecuária do Brasil no mercado internacional? Na maioria dos setores, muito bem, mas, em alguns, ainda é necessário o surgimento de uma “JBS ou de uma BRF” para dar novo fôlego a eles.
A avaliação é do pesquisador da Embrapa Elisio Contini, que, junto com Adalberto Aragão, analista da empresa, coletou informações comparativas dos principais concorrentes do Brasil nas questões de produção, de rendimento e de exportação nas duas últimas décadas.
O resultado indica que as exportações são o motor do avanço da produção brasileira. Produtos como soja, milho e algodão, com forte demanda externa, aceleraram a produção e a exportação. Já os voltados para o mercado interno, como feijão, perderam espaço.
Confira no gráfico abaixo as principais commodities exportadas pelo Brasil:
Exportação Brasileira de Produtos | Jan a Dez 2015-2020 | WTMT
Fonte do gráfico: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
De 2000 a 2020, o Brasil teve uma participação de 14,9% no valor mundial das exportações de grãos, conforme dados deflacionados pelo CPI (Consumer Price Index), indicador americano de inflação.
Se considerado apenas o ano de 2020, porém, a participação brasileira já está em 22,2%, colocando o país como o líder mundial em arrecadação de divisas com exportações de grãos. Os Estados Unidos vêm em segundo posto, com 21,5%. Esse cálculo inclui arroz, cevada, milho, soja e trigo.
O país avança também na produção. Nas últimas duas décadas, a presença brasileira foi de 6,2% na produção mundial desses grãos. Em 2020, já era de 7,8%.
Os dados apontam que alguns produtos vão muito bem. A soja brasileira abocanhou 51% de todas as receitas do comércio mundial desse produto no ano passado.
Outros ainda têm muito espaço para crescer, como é o caso do milho. O país tem 18% da produção mundial e, após deixar de ser um produto voltado para o mercado interno, poderá atingir de 150 milhões a 200 milhões de toneladas.
Fonte: Folha de São Paulo
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