A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) divulgou, no último dia 14 de julho, suas previsões para a balança comercial brasileira deste ano. Segundo a AEB, as exportações deverão ficar em torno de US$ 270,052 bilhões, com aumento de 28,7% em relação aos US$ 209,817 bilhões efetivados em 2020, e as importações, em US$ 202,051 bilhões, com expansão de 27,1% sobre os US$158,930 bilhões alcançados em 2020.
Para a entidade, haverá superávit de US$ 68,001 bilhões, mais 33,6% em relação aos US$ 50,887 bilhões apurados no ano passado. Se for confirmado, o presidente executivo da AEB, José Augusto de Castro afirma que esse será o novo recorde, superando o superávit de 2017, de US$ 67 bilhões. Já a corrente de comércio, projetada em US$ 472,103 bilhões para 2021, ficará próxima do recorde atual de US$ 482,292 bilhões, apurado em 2011.
De acordo com a AEB, os aumentos projetados para as exportações e importações refletirão de forma positiva no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2021. A previsão anterior da entidade para o comércio exterior brasileira, de dezembro de 2020, continha estimativas menores para as vendas externas e para as compras internacionais.
Confira abaixo um histórico das importações e exportações de cargas pelo Brasil a partir de janeiro de 2018:
Importação e Exportação Brasileira | Jan 2018 a Mai 2021 | WTMT
Segundo Castro, a forte elevação dos preços das commodities, especialmente petróleo e minério de ferro, explica o crescimento projetado para as exportações. O peso do petróleo bruto, do minério de ferro e da soja em grão na pauta de exportação brasileira passou de 35%, no ano passado, para 41%, este ano. Do lado das importações, o fato de vários produtos não estarem sendo fabricados atualmente no país para suprir o mercado interno, como peças e componentes, responde pelo incremento das vendas externas ao Brasil, disse Castro.