Brasil estabelece cotas e impostos para produtos de aço para combater ‘inundação’ de importações
abr, 24, 2024 Postado porSylvia SchandertSemana202417
O governo brasileirto decidiu estabelecer cotas de importação para 11 produtos de aço e impor maiores taxas sobre eles quando esses volumes forem excedidos, após reclamações dos fabricantes de aço sobre a “inundação” de produtos estrangeiros baratos no mercado local.
A medida para aumentar as tarifas de importação para 25% será aplicada por 12 meses em produtos como tipos de aço laminado e tubos, que atualmente têm taxas de importação de 9% a 12,6%, de acordo com a decisão do órgão estatal de comércio exterior Gecex/Camex.
O vice-presidente Geraldo Alckmin disse aos repórteres que o imposto de 25% será imposto quando as importações de cada um desses 11 produtos de aço excederem suas importações médias de 2020 a 2022 em mais de 30%.
Os fabricantes de aço na maior economia da América Latina há muito tempo pediam ao governo que impusesse impostos mais altos sobre as importações, alegando que o aço mais barato da Rússia e da China estava “inundando” o mercado e deixando as empresas brasileiras com plantas ociosas.
As importações de aço do Brasil aumentaram 25% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior, segundo dados da Aço Brasil, que não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários sobre as últimas medidas do governo.
O governo acrescentou que também está considerando a implementação de cotas para outros quatro produtos de aço.
“Nossa análise mostra que as importações permanecerão principalmente dentro da cota”, disse Alckmin aos repórteres, chamando a decisão do governo de “extremamente cuidadosa”, já que os fabricantes de aço haviam pedido aumentos nos impostos de importação para um total de 35 produtos.
“Mas é uma medida importante, porque a indústria do aço está realmente operando com taxas de ociosidade enormes.”
Gerdau, Usiminas, CSN e as unidades locais da ArcelorMittal e Ternium estão entre os maiores fabricantes de aço que operam no Brasil.
Gecex/Camex disse em comunicado que as condições de mercado serão monitoradas durante esses 12 meses.
As novas regras comerciais, que ainda precisam de aprovação do bloco comercial sul-americano Mercosul, poderiam entrar em vigor dentro de um mês, acrescentou.
Fonte: Finance Yahoo
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