Brasil sobe a taxa Selic em meio a inflação crescente

O Banco Central do Brasil (BCB) elevou nesta quarta-feira a taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto percentual, atingindo 10,75%, tornando esta a primeira vez em cinco anos que a taxa atinge dois dígitos, em meio à inflação crescente e apesar das consequências que essa medida pode ter para o crescimento econômico.

A decisão, que já havia sido anunciada durante a reunião do BCB de dezembro, quando os preços subiram 10,06% em 2021, foi ratificada na terça-feira durante a primeira convenção de 2022 do Comitê de Política Monetária (Copom).

A oitava alta consecutiva da taxa Selic ocorreu depois que o Copom admitiu que a recessão econômica e a alta da inflação “continuaram sendo uma surpresa negativa“.

O painel de nove membros chegou a esta decisão por unanimidade e reconheceu que “atualmente prevê que a desaceleração no ritmo (de cortes de taxas) seja a política mais adequada“.

O Brasil respondeu à inflação impulsionada pela pandemia elevando rapidamente a principal taxa de juros do país a partir de uma baixa histórica de 2% em março de 2021.

A inflação registrada no país em 2021 ultrapassou a meta de contenção do governo que, para o ano de 2022, foi fixada em 3,5%, mais ou menos 1,5 pontos percentuais. No ano passado, a economia brasileira também entrou em recessão após contrair 0,4% no segundo trimestre e 0,1% no terceiro.

De acordo com dados divulgados na quarta-feira, a produção industrial teve um crescimento de 3,9%, o que foi mais forte que o esperado para 2021, embora permaneça 0,9% abaixo do nível pré-pandemia.

A próxima reunião do Banco Central está marcada para meados de março. Analistas preveem uma nova alta da taxa em maio, o que levaria a Selic para cerca de 12%.

Fonte: MercoPress

Para ler o artigo original completo, acesse: 

https://en.mercopress.com/2022/02/03/brazil-rises-selic-interest-rates-amid-growing-inflation?utm_source=feed&utm_medium=rss&utm_content=brazil&utm_campaign=rss

Sharing is caring!