Brics amplia bloco e convida seis países; Argentina e Irã farão parte do grupo
ago, 24, 2023 Postado porGabriel MalheirosSemana202335
A Cúpula do Brics oficializou nesta quinta-feira, 24, que vai ampliar o bloco e convidar formalmente seis países para se tornarem novos membros. Segundo o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, estes são: Arábia Saudita, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia.
A Indonésia, antes na lista, pediu de última hora para que o processo fosse adiado. A quantidade é menor do que os 23 países que haviam pedido adesão.
A expansão é o principal resultado da 15ª Cúpula do Brics. O debate sobre a expansão do Brics, que até então incluia os países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, esteve no topo da agenda durante as reuniões em Johannesburgo.
A surpresa foi a inclusão de um sexto país na lista, a Etiópia, que não constava na lista de prioridades apresentada por Rússia, China, Índia e África do Sul. O Brasil não fez uma lista.
Os seis países convidados terão de cumprir com algumas condições para participar do grupo a partir de 1º de janeiro de 2024.
China satisfeita
À exceção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, todos os demais líderes do Brics abordaram de forma positiva as negociações para ampliar o número de membros do grupo e indicaram apoio. Apesar disso, o anúncio da decisão foi adiado para amanhã.
O Brasil era o País mais reticente à expansão, mas negociou uma concessão da China, em articulação com Índia e África do Sul. A declaração ainda está pendente, mas segundo diplomatas avança em relação ao que Pequim dizia antes.
O Brasil, Índia e África do Sul pediram aos chineses uma declaração clara de apoio ao pleito dos três para obter um assento no Conselho de Segurança da ONU, algo considerado pouco provável.
“Novo cenário” para a Argentina
Um “novo cenário” se abre para a Argentina, disse o presidente Alberto Fernández nesta quinta-feira, acrescentando que a adesão ao bloco será uma “grande oportunidade” para fortalecer o país, que passa por crise econômica com uma moeda enfraquecida, reservas estrangeiras esgotadas e uma inflação em espiral.
“Abrimos as nossas possibilidades de adesão a novos mercados, de consolidação dos mercados existentes, de captação de investimentos, de criação de empregos e de aumento de importações”, afirmou.
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