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Açúcar e Ethanol

Bunge e BP criam joint venture de bioenergia

jul, 23, 2019 Postado porSylvia Schandert

Semana201931

A Bunge, empresa americana e uma das maiores em agronegócio, alimentos e ingredientes do mundo, anunciou um acordo com a BP (British Petroleum) para a criação de uma joint venture com 50% de participação de cada empresa. A BP Bunge Bioenergia, nome que recebeu a nova empresa, vai atuar com a produção de açúcar, etanol e energia renovável no Brasil.

A Bunge receberá pela operação o valor de US$775 milhões, composto de US$700 milhões relativos à dívida sem recurso da Bunge a ser assumida pela joint venture no fechamento da operação, além de US$75 milhões da BP, sujeito a condições habituais de fechamento. O valor será utilizado para reduzir o endividamento existente segundo as linhas de crédito da Companhia, resultando em um balanço patrimonial mais forte e maior flexibilidade financeira.

A BP Bunge Bioenergia, operará independentemente, com um total de 11 usinas localizadas nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste do Brasil.

Com 32 milhões de toneladas de capacidade de moagem combinada por ano, a joint venture terá a flexibilidade de produzir um mix de etanol e açúcar. Também gerará eletricidade renovável a partir de bagaço de cana-de-açúcar, por meio de suas unidades de cogeração, para sustentar todas as suas unidades e vender a eletricidade excedente à rede elétrica brasileira.

Os ativos da BP e da Bunge são amplamente complementares, com unidades em cinco estados brasileiros, incluindo três na região-chave de São Paulo. O negócio combinado se tornará o segundo maior player da indústria no Brasil, em capacidade efetiva de moagem.

Após a conclusão, o objetivo é que a BP Bunge Bioenergia gere significativas sinergias operacionais e financeiras, inclusive por meio de eficiências de escala e aplicação de melhores práticas, otimização de tecnologias e capacidades operacionais em todos os ativos do negócio.

A nova empresa deve ter sede em São Paulo. Mario Lindenhayn, da BP, será o Executive Chairman e Geovane Consul, da Bunge, será o Chief Executive Officer (CEO).

A BP e a Bunge terão igual representação no Conselho de Administração.

A operação foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração da Bunge. O fechamento da operação deve ocorrer no quarto trimestre de 2019, sujeito à aprovação das autoridades competentes.

Pela Bunge, o Itaú BBA atuou como consultor financeiro e o Lefosse Advogados atuou na assessoria jurídica da operação.

O gráfico a seguir (baseado nos dados da Unica) mostra os padrões de produção de açúcar e etanol do Brasil nas últimas seis temporadas:

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