Cadeia da suinocultura vê indícios de trégua na crise
maio, 09, 2022 Postado porGabriel MalheirosSemana202220
O alarme soa desde o ano passado na suinocultura brasileira, mas começaram a aparecer em abril, nos mercados doméstico e externo, sinais de que o pior da crise pode ter ficado para trás.
“O cenário já é bem melhor do que tínhamos há poucas semanas, visto que não somente o preço pago ao produtor parou de cair como também demonstra reação”, afirmou Marcelo Lopes, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), em boletim divulgado pela entidade no próprio dia 29. Para analistas e indústrias, as cotações começaram a refletir uma retomada nas exportações e, também, condições mais favoráveis ao consumo no país.
No front externo, os embarques voltaram a superar 90 mil toneladas em março (91,4 mil) e o resultado de abril ficou em torno desse patamar, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Veja abaixo o histórico das exportações brasileiras de carne suína para a China e outros importantes parceiros comerciais do Brasil no comércio internacional de proteína animal. Esses dados são do DataLiner.
Exportações Brasileiras de Carne Suína para a China | jan de 2021 – mar de 2022 | WTMT
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Exportações Brasileiras de Carne Suína para Japão, Cingapura e Vietnã | jan de 2021 – mar de 2022 | WTMT
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Para o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, trata-se de uma recuperação importante, que começou a ser acompanhada também por aumento de preços – em fevereiro, as vendas ao exterior foram de apenas 71,5 mil toneladas. É verdade que o resultado de março ainda foi 16,3% menor que o do mesmo mês de 2021, mas a base de comparação, neste caso, é elevada.
Com o aumento do volume exportado e a reação dos preços, uma fonte ligada à suinocultura afirmou que os embarques tendem a voltar a dar lucro. Em média, estimou, as vendas ao exterior vinha sendo feitas com prejuízo de ao menos R$ 1 por quilo.
Soma-se a esse movimento, por fim, a perspectiva de aumento da oferta de milho no país com a safrinha recorde que está em desenvolvimento nas lavouras, que carrega consigo a esperança de que os preços das rações dos animais diminuam. “O mês de abril trouxe um novo cenário no mercado de grãos.
Apesar de a cotação do preço futuro do milho na bolsa de Chicago ter atingido os maiores valores em dez anos na metade do mês, o preço do milho no mercado doméstico continuou em queda, principalmente pela expectativa de grande volume a ser colhido na segunda safra”, corroborou a ABCS.
Fonte: Valor Econômico
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