Campanha do segmento de carnes alerta sobre vendas falsas no mercado internacional
mar, 30, 2021 Postado porSylvia SchandertSemana202114
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), lançou uma campanha internacional para alertar importadores e potenciais clientes contra casos de fraudes e vendas falsas, que impactam as exportações brasileiras de aves e de suínos.
A campanha contará com vídeos em português, inglês e mandarim que detalham cuidados na checagem do suposto vendedor antes da efetivação de pagamentos. Entre as medidas, está a checagem dos dados junto à ABPA e aos postos diplomáticos no exterior.
A campanha será impulsionada por meio das redes sociais, pelos canais diretos com stakeholders de mercados estratégicos para as exportações brasileiras e pelas Embaixadas do Brasil pelo mundo, com o apoio do Departamento de Promoção do Agronegócio do Ministério das Relações Exteriores.
As fraudes envolvem clonagem de sites de empresas exportadoras, boletos de vendas que não aconteceram, falsificação de rótulos de produtos que não foram produzidos no Brasil, utilização de SIF’s falsos, clonagem de e-mails, criação de escritórios fantasmas totalmente estruturados (inclusive com contas bancárias), entre outros. Para inibir as práticas criminosas, as agroindústrias exportadoras já estruturaram, inclusive, áreas internas de compliance exclusivas para tratar das fraudes.
Segundo estimativas da ABPA, já ocorreram mil casos de fraudes nos últimos cinco anos.
Argentina suspende 15 empresas exportadoras por burlar sistema de controle sanitário
Ainda sobre o mercado de carnes, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina suspendeu 15 empresas do país por exportar carnes sem usar o Cadastro Único de Operadores da Cadeia Agroindustrial (RUCA). O mecanismo do governo atesta controle sanitário, de impostos e cambial.
Os nomes das empresas não foram divulgados. Na ação, foram interditadas e apreendidas 40 toneladas de carnes congeladas destinadas à exportação.
Após uma série de investigações de diferentes órgãos de controle da Argentina, foi possível descobrir as operações ilegais que se “dedicavam à exportação de carnes e grãos, ludibriando os controles do Estado e configurando concorrência desleal com o resto dos operadores, além dos danos para os cofres públicos”.
Após o bloqueio, as empresas terão de responder pelos atos à Administração Federal de Receitas Públicas (Afip), ao Banco Central da República Argentina (BCRA), e à Alfândega e Unidade de Informação Financeira (UIF), além da Justiça.
Com informações do Valor Econômico
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