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China abre mercado para o farelo de soja brasileiro

jul, 29, 2022 Postado porSylvia Schandert

Semana202230

A China abriu seu mercado para o farelo de soja do Brasil. Principal comprador do grão brasileiro, o gigante asiático deu aval ao derivado em uma reunião da subcomissão da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), no fim de junho.

A abertura já foi oficializada e não depende de nenhuma publicação. Resta apenas a habilitação, pelos chineses, dos estabelecimentos aptos a exportar o farelo de soja — o que ocorrerá sem missão dos asiáticos, mas por indicação do Ministério da Agricultura brasileiro.

Além do farelo de soja, houve autorização também para o início das exportações de amendoim sem casca, polpa cítrica, proteína concentrada de soja e soro fetal bovino. As negociações para os embarques de milho brasileiro estão acertadas para a safra que será colhida em 2023, pois dependem do monitoramento de pragas e doenças nas lavouras e da habilitação dos exportadores.

As informações foram confirmadas pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura. Em maio, o Valor informou que havia a intenção do governo brasileiro de avançar nas tratativas para exportação de farelo de soja, depois de uma reunião do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, com integrantes do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).

Nesta semana, o ministro da Agricultura, Marcos Montes, afirmou que a China tem interesse em comprar milho “imediatamente” do Brasil, o que poderia ser autorizado de forma extraordinária. As equipes técnicas de ambos os países conversaram nessa semana, mas não houve definições. O debate se concentrou na área animal, para alinhar procedimentos de auditoria de estabelecimentos.

A abertura para o farelo de soja é avaliada no ministério como fruto da relação próxima que vem ocorrendo nos últimos meses com a área vegetal das autoridades chinesas.

A Pasta vai chamar o setor produtivo nacional para explicar os próximos passos para iniciar as exportações. A iniciativa privada queria essa abertura há alguns anos, por conta do valor agregado do farelo em relação ao grão.

O potencial de volume a ser exportado, no entanto, vai depender do mercado, até porque a China tem muita capacidade instalada de esmagamento da oleaginosa.

“Vai depender mais da demanda chinesa. Eles podem querer grão por conta da indústria e não comprar farelo. Oferta a gente resolve aqui. A questão é demanda”, disse o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), André Nassar.

Fonte: Valor Econômico

Para ler o texto original completo acesse: https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2022/07/28/china-abre-mercado-para-o-farelo-de-soja-brasileiro.ghtml

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