China aprova importação de alfafa transgênica da Bayer e canola da Corteva após uma década
jan, 16, 2023 Postado porGabriel MalheirosSemana202303
A China aprovou a importação de oito safras geneticamente modificadas, incluindo alfafa transgênica pela primeira vez, informou o Ministério da Agricultura do país hoje (13).
As empresas globais de sementes há muito reclamam do lento processo de aprovação da China para cultivos transgênicos, o que retarda a comercialização dos produtos globalmente se não forem aprovados por um dos maiores mercados agrícolas do mundo.
Estas aprovações são “algo positivo para resolver os desafios de longa data que os desenvolvedores de biotecnologia enfrentam na obtenção de aprovações de importação na China”, disse a Biotechnology Innovation Organization em Washington, a maior associação comercial do mundo para empresas de biotecnologia como a Bayer AG BAYGn.DE.
Pequim há muito adota uma abordagem cautelosa em relação a transgênicos e ainda não aprovou nenhuma cultura importante para cultivo no país, apesar do apoio do presidente Xi Jinping à tecnologia.
No entanto, a China permite a importação de safras transgênicas usadas em ração animal ou têxteis, mas os parceiros comerciais dizem que seu processo nem sempre é baseado na ciência e muitas vezes tem sido conduzido pela política.
A alfafa da Bayer resistente ao herbicida glifosato ou J101 foi submetida pela primeira vez para aprovação em julho de 2011, quando era propriedade da empresa norte-americana Monsanto. Sua alfafa J163, também aprovada, foi apresentada há mais de 10 anos.
Os EUA já produzem alfafa, mas as aprovações de Pequim abrem as portas para expandir o número de plantações nos estados ocidentais que abastecem os mercados de exportação.
O acesso à biotecnologia é especialmente importante devido às crescentes preocupações com a segurança alimentar global e os altos preços das commodities, disse Alexis Taylor, subsecretário do Departamento de Agricultura dos EUA, em um e-mail à Reuters.
A alfafa da Bayer resistente ao herbicida glifosato ou J101 foi submetida pela primeira vez para aprovação em julho de 2011, quando era propriedade da empresa norte-americana Monsanto. Sua alfafa J163, também aprovada, foi apresentada há mais de 10 anos.
A China poderia usar as aprovações como um gesto de boa vontade e como justificativa para uma possível decisão de cultivar mais safras transgênicas internamente, disse John Baize, presidente da consultoria norte-americana John C. Baize & Associates.
Duas variedades de cana-de-açúcar transgênica desenvolvida no Brasil também foram aprovadas, bem como um algodão resistente a herbicidas da BASF.
As safras foram autorizadas a serem importadas para processamento na China a partir de 5 de janeiro pelos próximos cinco anos.
A China também aprovou três produtos transgênicos desenvolvidos internamente, incluindo milho resistente a insetos e glifosato da Yuan Longping High-tech Agriculture Ltd 000998.SZ e a soja resistente a insetos de Hangzhou Ruifeng.
Fonte: Nasdaq
Para ler o artigo original, acesse: https://www.nasdaq.com/articles/china-gives-safety-approvals-to-imported-gmo-alfalfa-sugar-cane
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