Exportações: China autoriza soja americana sem tarifas

De acordo com a Bloomberg, a China autorizou cinco empresas do país a comprar soja americana sem tarifa retaliatória: o grupo estatal Jiusan Group, a Shandong Bohi Industry Co, a China Sea (Zhonghai) Oil Industry Co, de capital fechado, além do Yihai Kerry Group (subsidiária chinesa da Wilmar International Ltd, com sede em Cingapura) e o Hopefull Grain & Oil Group.

As empresas poderão comprar até 3 milhões de toneladas de soja dos Estados Unidos, o que foi interpretado como um gesto de boa vontade em relação aos EUA. Pode, ainda, haver uma segunda rodada de isenções, dependendo de como as negociações comerciais progredirem.

As importações de soja americana pela China despencaram para quase zero no final do ano passado depois que a China adotou tarifas de 25% sobre a soja do país.

A decisão de autorizar a compra da soja sem tarifa foi tomada depois uma reunião entre o governo chinês e compradores da commodity, na última semana, em Pequim.

Além disso, o presidente americano, Donald Trump, havia reclamado que a China não aumentou suas compras de produtos agrícolas americanos, uma promessa que ele disse ter sido feita por Xi Jinping, na cúpula do G20 realizada em Osaka (Japão) no mês passado.

Representantes de comércio dos Estados Unidos devem visitar a China na próxima semana. A expectativa é que as negociações comerciais entre os dois países – que travam guerra tarifária há mais de um ano e que não conversam desde maio – avancem.

Já o Brasil viu as exportações de soja para a China caírem 13% nos quatro primeiros meses de 2019 para 20,07 milhões de toneladas, ante 23,08 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado, de acordo com a Cargonave.

A gripe suína africana, que dizimou boa parte dos porcos na China é um dos motivos da retração, já que a soja é a principal matéria prima para a fabricação de ração para os suínos.

O gráfico DataLiner a seguir mostra as exportações de soja do Brasil para a China no período de Janeiro de 2015 a Maio de 2019:

Fonte: Bloomberg

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