China compra menos do Brasil por lockdowns, enquanto Europa importa mais petróleo brasileiro
jun, 14, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202224
Em meio à quebra da safra de soja do Brasil e às restrições impostas pela China contra o avanço do coronavírus, que prejudicaram a demanda no país, o gigante asiático perdeu participação nas exportações brasileiras em maio, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (13) pela Secretaria de Comércio Exterior.
As vendas brasileiras para a segunda maior economia do mundo somaram US$ 8,5 bilhões no mês passado, o equivalente a 28,8% do total exportado pelo Brasil. Isso significa que a China ainda é o principal destino das exportações do Brasil, mas em maio de 2021 o número havia sido maior – de US$ 9,2 bilhões, ou 35,3% do total vendido.
De acordo com o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, a queda de 11,9% na média diária das exportações para a China do ano passado para cá reflete tanto problemas do lado da oferta brasileira como da demanda chinesa.
“A safra de soja brasileira teve 10% de redução neste ano. E temos também a queda das exportações de minério de ferro, já que a China tem passado por lockdowns em decorrência do surto de Covid-19. Isso faz com que a atividade econômica do país se reduza”, apontou Brandão.
De acordo com ele, a tendência é que esse seja um movimento pontual. “Acredito que é conjuntural, que a China continuará a ser um grande parceiro do Brasil, com importância crescente”, avaliou.
Veja abaixo a participação percentual dos seis produtos mais exportados do Brasil para a China de janeiro a abril de 2022. Os dados abaixo são do DataLiner.
Seis principais exportações para a China | Janeiro 2022 – Abril 2022 | WTMT
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Por outro lado, as exportações para a Europa somaram US$ 6 bilhões e ganharam participação nas vendas externas, alcançando um peso de 20,3% (ante 17,4% em maio de 2021). Na média diária, o aumento nas vendas para o continente foi de 26,4%.
“Houve um grande crescimento nas exportações para a União Europeia, principalmente pelo aumento das vendas de petróleo bruto, que cresceram 115%, e alimentos, como farelo de soja”, afirmou Brandão.
Fonte: Trademap
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